24 de jan. de 2013

É preciso levar a criança com deficiência à escola, diz secretária da Pessoa com Deficiência de SP

Ilustração com diversos lápis coloridos juntos
Resolver a situação de crianças com deficiência que estão fora da escola e de enfermos abandonados em abrigos está entre as prioridades da médica Marianne Pinotti, 45, escolhida pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para a Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade 
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Segundo a nova secretária, que entrou na gestão petista na cota do PMDB - ela foi candidata a vice na chapa de Gabriel Chalita (PMDB), que apoiou Haddad no segundo turno das eleições do ano passado-- menos da metade das escolas municipais de ensino infantil e fundamental tem acessibilidade arquitetônica.

A área de educação será alvo de suas primeiras ações na pasta, aproveitando o início das aulas, em fevereiro. "Temos um trabalho grande para trazer as crianças que ainda estão em escolas especiais para o ensino regular e, mais que isso, buscar as que ainda nem estão estudando", disse Marianne.

A secretária afirmou que vai pedir recursos do Ministério da Educação para ampliar as salas de acompanhamento e apoio à inclusão no município, que hoje são 382. Dos 54.630 professores da rede, cerca de 20 mil passaram por cursos sobre educação inclusiva ou tiveram contato com a modalidade de ensino. "Há cerca de 18 mil alunos com deficiência hoje na rede e acredito que temos muito mais que isso em São Paulo", disse.

Abrigos

Para Marianne, que dirigiu o departamento do Hospital Pérola Byington e foi secretária da Saúde de Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo), outra prioridade são ações direcionadas a pessoas com deficiência que estão vivendo em camas de abrigos públicos. "Não temos uma conta ainda, mas muitos precisam de cuidados médicos", disse.

Na saúde, sua especialidade, a secretária quer ampliar ações voltadas à mulher com deficiência, como atendimento ginecológico e cuidados básicos, e descentralizar atendimentos de reabilitação.
 
"Temos núcleos de reabilitação espalhados pela cidade, mas será preciso fortalecê-los e aumentar a estrutura de atendimento. Não é possível que mães viajem horas da periferia ao centro para que seus filhos tenham uma sessão de fisioterapia na AACD."

Segundo a secretária, Haddad está particularmente preocupado com as calçadas. "É um problema grave e que não será simples de resolver. Vamos precisar de ações de várias secretarias e da população. Penso que teremos uma solução ou um início de solução nesta gestão."
 
A prefeitura estuda um programa de empregos e de qualificação, direcionado a pessoas com deficiência, para atuar na administração municipal e em prestadoras de serviços.



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