7 de jan. de 2013

Surdos usam sistema especial em processo seletivo do IFPB

Um grupo de candidatos surdos foi o primeiro a usar um sistema desenvolvido especialmente para o Processo Seletivo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) que aconteceu no domingo (23), em João Pessoa
 De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, o sistema consiste em uma transcrição do Português para a escrita em Libras e com conteúdo gravado em vídeo por intérpretes.

A intérprete de Libras do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais do IFPB (Napne), Elisete Olinto Ferreira, explicou que o processo durou mais de um mês para ser preparado. 


“Eu e uma parceira de trabalho interpretamos o conteúdo das provas na linguagem de sinais com a ajuda de professores, depois a equipe da Coordenação de Audiovisual gravou as imagens em um  vídeo”.

Ainda de acordo com a assessoria, para cada um dos 12 candidatos surdos, 8 para os Cursos Técnicos Integrados e 4 para os Cursos Técnicos subseqüentes, foi disponibilizado um computador além de um intérprete.
 

Eles podiam rever as questões e as alternativas usando o CD e marcar a resposta que achassem certa no gabarito. Os computadores foram preparados apenas para fazer a leitura do vídeo, não dispunham de nenhum outro programa.
O reitor João Batista de Oliveira Silva que acompanhou o Processo Seletivo para os Cursos Técnicos Integrados e Subsequentes (PSCT) elogiou o trabalho da equipe envolvida no Processo Seletivo. Ele destacou o pioneirismo do IFPB entre os Institutos Federais no país nessa experiência com os surdos. 


“Eu considero este processo uma inovação tecnológica do nosso Instituto. Pude ver a alegria e a satisfação dos candidatos e isso é gratificante. Não tenho dúvida de que estamos avançando no sentido de uma escola cada vez mais inclusiva”, afirmou.
De maneira diferenciada

Outros quatro candidatos também fizeram as provas do PSCT em João Pessoa de forma diferenciada, segundo a assessoria do IFPB. Um candidato do Alto do Mateus com catapora fez o exame em casa e outros três em hospitais. Todos tiveram o acompanhamento de um fiscal. O IFPB também disponibilizou salas especiais para deficientes visuais e cadeirantes.


Fonte: http://g1.globo.com/pb/paraiba/

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