Inspirado em sua filha que sofre paralisia cerebral,
um pai brasileiro desenvolveu um aplicativo que permite que pessoas com
deficiências motoras, auditivas e visuais expressem suas emoções
através da tela de dispositivos móveis.
Carlos Edmar Pereira explicou à Agência EFE que seu
objetivo era melhorar a comunicação com sua filha Clara, de 7 anos. Para
isso, criou catálogos de palavras que são reproduzidas em voz alta
quando alguém as seleciona, reunindo-as no aplicativo batizado como
Livox.
"Existem métodos alternativos para as pessoas que não
podem se comunicar e que costumam ser feitos com cartazes. Eu os
transformei em um software", afirmou o criador do aplicativo.
Os algoritmos do sistema permitem que o programa, disponível para Android, se adapte à deficiência da pessoa que o utiliza.
Além disso, há vários tipos de licença de uso. O
usuário pode assinar o aplicativo por um ou dois anos, em caso de um
problema temporário, ou, se necessário, tem a opção de adquirir uma
licença vitalícia.
O Livox, que também ajuda na aprendizagem de idiomas e
matemática, ganhou recentemente o prêmio como um dos melhores
aplicativos do mundo em inclusão social, concedido pela Organização das
Nações Unidas (ONU).
Um reconhecimento que, defende Pereira, "pode
desmitificar a visão mundial de que o Brasil não produz tecnologia,
apesar de o programa não ter recebido nenhum apoio ou investimento do
governo".
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