Uma mãe de São João da Boa Vista (SP) tenta retornar ao Estados Unidos para rever o filho com deficiência,
que não vê há dez anos.
A dona de casa Raquel Crist contou que não
consegue o visto para visitar o jovem, que faz tratamento de saúde no
país.
O Consulado dos Estados Unidos não quis comentar o caso.
Raquel se mudou de São João da Boa Vista, há 25 anos, para tentar uma
vida melhor com o marido em Nova York e ficou grávida no mesmo ano.
Antes de o filho nascer, os médicos diagnosticaram que ele teria alguma
deficiência e sugeriram um aborto, mas Raquel não aceitou.
Ele nasceu com hidrocefalia, que é o acumulo de
liquido no cérebro. “Hoje ele tem um atraso mental devido ao problema da
hidrocefalia, mas ele é um moço normal. Anda, fala inglês e português
fluente, porém ele não conseguiu aprender a ler e escrever devido a
enfermidade dele”, contou Raquel.
Atualmente, o rapaz está com 25 anos e mora em uma instituição mantida
pelo Governo Americano. O casal se separou em 2005 e tem guarda
compartilhada. Todos os dias ela fala com o jovem por telefone e para
Raquel é uma maneira de encurtar a distância.
“Gostaria muito de poder pegar o meu visto, poder entrar nos Estados
Unidos e abraçar, dormir abraçadinha com ele. Quero recuperar esses dez
anos que fiquei longe dele, quero ele do meu lado. Meu único filho quero
ele junto comigo”, falou.
Raquel levava com frequencia o filho para visitar os avôs no Brasil. No
entanto, em 2005, não conseguiu entrar de novo nos Estados Unidos.
Ela
foi proibida porque se ausentou do país durante o processo para
conseguir o visto permanente sem autorização da imigração e foi
deportada.
Nestes dez anos, Raquel voltou ao consulado mais de dez vezes. A última
tentativa foi em 2012, mas a situação não foi resolvida
“A imigração me
deu cinco anos, o mínimo, mas me deram cinco anos de castigo. Mas se
passaram esses cinco anos e continuei indo e fiquei sabendo que eram dez
anos que precisava”, lamentou.
A assessoria de imprensa do Consulado dos Estados Unidos, em São Paulo
informou que, por causa da privacidade, não fala sobre caso. A
orientação, é que a dona de casa procure a Secretaria dos Direitos
Humanos, em Brasília, para tentar uma solução.
Fonte: G1 / Vida Mais Livre
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