Após passar seis meses sob o risco de despejo, o técnico em plásticos
Aparecido Covo Valério, 57, agora já respira bem mais aliviado.
A casa onde mora com a família, na zona sul de São Paulo, corria o
risco de ir a leilão.
Sem dinheiro, ele abriu mão de pagar o financiamento do imóvel e investiu os recursos que tinha no tratamento de saúde da filha Bianca, 20.
Sem dinheiro, ele abriu mão de pagar o financiamento do imóvel e investiu os recursos que tinha no tratamento de saúde da filha Bianca, 20.
Mas, cinco dias após a Folha de São Paulo revelar a história e divulgar uma campanha feita por ele no Facebook, Aparecido arrecadou R$ 147 mil. A campanha do técnico pedia R$ 15 mil para que ele renegociasse a dívida com a Caixa.
Bianca tem uma doença neuromuscular incurável e vive numa cama desde bebê.
Aparecido ainda não voltou a falar com representantes do banco, mas está seguro de que vai conseguir entrar num acordo.
"Eu não esperava toda essa repercussão. Demos um passo enorme e acho que vamos quitar nossa casa. Quero agradecer a cada um que se sensibilizou com a história e nos ajudou", disse.
Aparecido afirmou que foi orientado por sua advogada a depositar o dinheiro imediatamente em juízo para renegociar a dívida. "Até outubro de 2014, eu devia R$ 184 mil. Se os juros não fizeram subir muito, estamos bem perto de conseguir", disse.
A casa onde Aparecido mora com a mulher, sogra e os dois filhos é simples e não tem nem sequer um portão na entrada. Os móveis e os eletrodomésticos são antigos.
Bianca nasceu em 1994 após complicações no parto. Com dez meses de idade, ela foi diagnosticada com uma doença incurável. Valério está à procura de um emprego.
Ele disse que um empresário da cidade de Leme (188 km de SP) ofereceria um serviço para ele, mas ainda não teve uma resposta.
"Preciso ajudar a minha família, mas a crise apertou e as coisas estão difíceis. Essa ajuda nos salvou", diz.
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