A lei que estabelece que as cooperativas de táxis da
capital tenham uma cota para veículos adaptados para pessoas com
deficiência física tem causado controvérsias para a Cooperativa de
Taxistas de Teresina, que não vê atrativos para a categoria.
De acordo
com o presidente da cooperativa, Pedro Henrique Ferreira, a aquisição de
um carro adaptado é cerca de 50% mais cara do que um veículo comum.
A
prefeitura de Teresina diz que a partir do próximo semestre a medida já
estará em funcionamento, mesmo ainda não existindo regras que
regulamente o funcionamento da nova lei.
Sancionada pelo prefeito Firmino Filho (PSDB), de
autoria do vereador Antonio Aguiar (PROS) e aprovada por unanimidade na
Câmara de Vereadores da capital, a lei de número 4.678/2015 estabelece
que 2% da frota de táxis em Teresina seja adaptada para deficientes
físicos.
Com a nova medida, os cadeirantes e demais pessoas com
deficiência física que vivem em Teresina poderão contar com o benefício.
Mas de acordo com o presidente da cooperativa de
taxistas de Teresina, Pedro Henrique, a medida não é atrativa porque o
custo de um carro adaptado é maior e que as concessionárias da capital
não ofertam carros deste tipo.
Ainda segundo o presidente, o prefeito
Firmino Filho disse que vai abrir novas vagas para taxistas em Teresina e
que os 2% de táxis adaptados serão direcionado para a nova frota que
vai chegar. Para ele, o projeto beneficiará os cadeirantes, mas não há
vantagem para o taxista.
"Eu não posso obrigar um taxista a deixar de comprar
um carro popular no valor de R$ 30 mil para comprar um no valor de R$ 50
mil, mesmo com todos os descontos de isenção de impostos que o taxista
tem qual será o interesse do taxista em gastar tanto?
Se não houver uma
contra partida da prefeitura em ajudar esse novo taxista fica difícil",
contou dizendo que é o poder público que vai apontar o taxista que
atuará com carro adaptado para deficientes.
Segundo o diretor da Superintendência de Transportes
de Teresina, Ricardo Freitas, o aumento no número da frota de taxis na
capital é certo e que a prefeitura está realizando estudo para aumentar a
quantidade de taxis. Quanto à logística de funcionamento da frota
adaptada para deficientes físicos, o diretor informou que o regulamento
está sendo revisto.
"Pela lei, os 2% da frota adaptada tem que ser em
cima de todos os carros que já atuam em Teresina e na nova frota que
vamos aumentar e que só saberemos a quantidade de vagas que serão
disponibilizadas depois que finalizarmos esse estudo", disse.
Fonte: G1
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