20 de mar. de 2015

Projeto torna obrigatória capacitação de professores em Libras no Piauí



O deputado Evaldo Gomes (PTC) apresentou Projeto de Lei que torna obrigatória a capacitação de profissionais da Educação da rede estadual de ensino na Língua Brasileira de Sinais (Libras). 


O deputado destacou o alto índice de desemprego entre pessoas com deficiência devido à pouca formação dessas pessoas, o que dificulta a entrada no mercado de trabalho.


Ele destaca que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2010, 4.730 dos piauienses não conseguiam ouvir de algum modo, 37.474 tinham grande dificuldade e 143.771 tinham alguma dificuldade de ouvir. 


Além disso, foi apontado que o Piauí possuía um dos mais altos índices de pessoas com deficiência do país. 


“Esses números são de cinco anos atrás. Hoje ele deve ser bem maior. É preciso garantir não apenas a formação, mas a inclusão desses jovens nas escolas e nas universidades. Isso só pode ser feito com a qualificação de educadores e de um ambiente adequado para o atendimento aos alunos. A inclusão do deficiente auditivo deve ser integral”, ressalta Evaldo.


Ainda de acordo com o Instituto, em 2010, a população ocupada com pelo menos uma das deficiências investigadas representava 23,6% (20,3 milhões) dos totais ocupadas (86,3 milhões). 


Das 44 milhões de pessoas com deficiência em idade ativa (com 10 anos ou mais de deficiência), a maioria, 53,8% (23,7 milhões) estavam desocupadas ou não eram economicamente ativas.


Quando se observa o nível de instrução, a diferença é mais acentuada. A Universidade está mais distante para pessoas que possuem alguma deficiência. 


Para se ter ideia, apenas 6,7% das pessoas com mais de 15 anos com deficiência têm diploma de faculdade. Além disso, 61,1% da população de 15 anos ou mais com deficiência não tinha instrução ou tinha apenas o fundamental incompleto, proporção que caía quase à metade, para 38,2%, para as pessoas dessa faixa etária que declararam não ter nenhuma das deficiências investigadas. 


“Não restam dúvidas que a formação é essencial para a entrada no mercado de trabalho. Se está difícil para as pessoas ditas 'normais', imagina para os deficientes? É por isso que precisamos garantir as condições dessas pessoas terem mais oportunidades”, explica o deputado.


Depois de apresentado, o projeto segue para a análise das comissões e posterior votação no Plenário. Aprovado, o Projeto vai para a sanção do executivo estadual.




 

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