O deputado Evaldo Gomes (PTC) apresentou Projeto de Lei que torna obrigatória a capacitação de profissionais da Educação da rede estadual de ensino na Língua Brasileira de Sinais (Libras).
O deputado destacou o alto índice de desemprego entre pessoas com
deficiência devido à pouca formação dessas pessoas, o que dificulta a
entrada no mercado de trabalho.
Ele destaca que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, em 2010, 4.730 dos piauienses não conseguiam ouvir de algum
modo, 37.474 tinham grande dificuldade e 143.771 tinham alguma
dificuldade de ouvir.
Além disso, foi apontado que o Piauí possuía um
dos mais altos índices de pessoas com deficiência do país.
“Esses
números são de cinco anos atrás. Hoje ele deve ser bem maior. É preciso
garantir não apenas a formação, mas a inclusão desses jovens nas escolas
e nas universidades. Isso só pode ser feito com a qualificação de
educadores e de um ambiente adequado para o atendimento aos alunos. A
inclusão do deficiente auditivo deve ser integral”, ressalta Evaldo.
Ainda de acordo com o Instituto, em 2010, a população ocupada com pelo
menos uma das deficiências investigadas representava 23,6% (20,3
milhões) dos totais ocupadas (86,3 milhões).
Das 44 milhões de pessoas
com deficiência em idade ativa (com 10 anos ou mais de deficiência), a
maioria, 53,8% (23,7 milhões) estavam desocupadas ou não eram
economicamente ativas.
Quando se observa o nível de instrução, a diferença é mais acentuada. A
Universidade está mais distante para pessoas que possuem alguma
deficiência.
Para se ter ideia, apenas 6,7% das pessoas com mais de 15
anos com deficiência têm diploma de faculdade. Além disso, 61,1% da
população de 15 anos ou mais com deficiência não tinha instrução ou
tinha apenas o fundamental incompleto, proporção que caía quase à
metade, para 38,2%, para as pessoas dessa faixa etária que declararam
não ter nenhuma das deficiências investigadas.
“Não restam dúvidas que a
formação é essencial para a entrada no mercado de trabalho. Se está
difícil para as pessoas ditas 'normais', imagina para os deficientes? É
por isso que precisamos garantir as condições dessas pessoas terem mais
oportunidades”, explica o deputado.
Depois de apresentado, o projeto segue para a análise das comissões e
posterior votação no Plenário. Aprovado, o Projeto vai para a sanção do
executivo estadual.
Fonte: Capital Teresina / Vida Mais Livre
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