De maneira clara e didática, Maria Teresa Eglér
Mantoan, uma das maiores especialistas em inclusão escolar no país,
explica o que é educação inclusiva, discute os passos necessários para
implantá-la e ressalta suas vantagens – tanto para as pessoas com
qualquer tipo de deficiência como para os alunos que não as têm. Obra
fundamental para pais e educadores.
A ideia de educação inclusiva impulsionou, nas
últimas décadas, mudanças significativas na educação e orientou a
transformação nos sistemas de ensino no Brasil.
Porém, os problemas
históricos quanto à garantia do direito à educação aos estudantes com
deficiência ainda não foram resolvidos. O que é inclusão escolar? Quais
são as razões pelas quais ela tem sido proposta e quem são seus
beneficiários? Como fazê-la acontecer nas salas de aula de todos os
níveis de ensino?
Uma das maiores especialistas em inclusão escolar no
país, a pedagoga Maria Teresa Eglér Mantoan, responde a essas e outras
perguntas no livro Inclusão escolar – O que é? Por quê? Como fazer? (96
p., R$ 35,40), terceiro volume da Coleção Novas Arquiteturas
Pedagógicas, da Summus Editorial.
O lançamento acontece no dia 31 de
março, terça-feira, das 18h30 às 21h30, na Livraria da Vila, que fica na
Rua Fradique Coutinho, 915 – Vila Madalena, São Paulo.
Baseando-se na legislação mundial e brasileira, a
autora analisa em profundidade o caminho percorrido até aqui. Segundo
ela, incluir é não deixar ninguém de fora da escola comum, ensinando
todas as crianças, indistintamente.
A pedagoga propõe um deslocamento da
visão educacional que se sente ameaçada pela inclusão para uma
perspectiva que se abre para outras formas de ensinar e avaliar a
aprendizagem.
Conhecendo o potencial teórico da educação inclusiva e sua
implicação no campo da mobilização social, Maria Teresa mostra a
importância da análise do contexto escolar, para entender as
dificuldades de atender a estudantes com deficiência e outros e apontar o
propósito da inclusão como objetivo primordial dos sistemas de ensino.
“A escola inclusiva brasileira tem sólidas fundações,
na lei, no vanguardismo dos que se dispuseram expandi-la,
verdadeiramente imbuídos do compromisso de transformá-la, para se
adequar ao nosso tempo. Eles estão se multiplicando e surpreendendo,
demonstrando a força desta ideia poderosa – que depende de uma expansão
rápida dos projetos verdadeiramente imbuídos do compromisso de
transformar a escola comum para se adequar aos novos tempos”, afirma a
pedagoga.
Dividido em três capítulos, o livro reúne as ideias
da autora sobre o ensinar e o aprender. Nele, ela compartilha o que
viveu em sua caminhada educacional, dialogando com o leitor sobre
problemas, questões e dúvidas que carrega no dia a dia de trabalho.
“As
transformações da escola dependem de um compromisso coletivo de
professores, gestores, pais e da sociedade em geral. É difícil o dia a
dia da sala de aula. Esse desafio que enfrentamos tem limite – o da
crise educacional que vivemos, tanto pessoal como coletivamente, deste
ofício que exercemos”, complementa.
Para a autora, é preciso ressignificar o papel da
escola e instalar, no seu cotidiano, formas mais solidárias e plurais de
convivência. “São as escolas que têm de mudar e não os alunos, para que
estes tenham assegurado o direito de aprender, de estudar nelas. O
direito à educação é indisponível e natural, não admitindo barganhas”,
conclui.
A autora
Maria Teresa Eglér Mantoan é pedagoga. Mestre e
doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é
coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença
(Leped) e professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da
Unicamp.
Membro da Ordem Nacional do Mérito Educacional pelos relevantes
serviços prestados à educação brasileira, dedica-se, nas áreas de
docência, pesquisa e extensão, ao direito incondicional de todos à
educação e à formação inicial e continuada de professores para assegurar
a inclusão escolar de alunos com deficiência.
Fontes: Rede Saci / Educação Inclusiva em Foco
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