24 de jun. de 2013

Professora cria projeto de livros falados para ajudar pessoas com deficiência visual

Foto de AnaLu Palma
Atriz, mestra em teatro e apaixonada por literatura, AnaLu Palma descobriu sua vocação para ajudar o próximo em meio a uma sessão de meditação. 

De olhos fechados e tentando se concentrar no exercício, teve um lampejo: por que não propiciar às pessoas cegas a emoção de ouvir obras dos grandes escritores confortavelmente em casa a partir de gravações de áudio?

A ideia foi o ponto de partida para o Projeto Livro Falado, que poucos dias depois saía do papel com o apoio da Academia Brasileira de Letras

O primeiro clássico a ganhar uma versão gravada pela atriz Léa Garcia foi Esaú e Jacó, de Machado de Assis. 

"Começar o projeto com o autor maior da língua portuguesa nos trouxe sorte", diz AnaLu, que, posteriormente, gravou ela mesma uma versão de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, seguida de várias outras obras-primas da literatura brasileira.

Treze anos depois das primeiras gravações, a biblioteca oral imaginada por AnaLu já acumula 360 obras disponibilizadas em formato digital de áudio no portal Acessibilize-se, mantido pela Universidade Estácio de Sá, com o apoio do Ministério da Cultura

Além desses textos, há outros 280 já gravados e, até o fim do ano, mais mil deverão ser incorporados à coleção. 

Para utilizá-la, basta ao deficiente visual se cadastrar no site. "Muitos cegos brasileiros não têm a alfabetização em braile, o que dificulta o acesso aos textos. 

O que queremos com nosso projeto é dar autonomia a qualquer pessoa que se interesse pelas obras", explica AnaLu.

Fonte: Planeta Sustentável - http://planetasustentavel.abril.com.br/

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