O acidente com um cadeirante acende um alerta para o funcionamento dos elevadores dos coletivos de Belo Horizonte (MG).
Uma criança de sete anos, que tem dificuldade de locomoção, acompanhada
da mãe, subia em um ônibus da linha 4103 (Aparecida/Mangabeiras) em um
ponto na Rua José do Patrocínio Pontes, no Bairro Mangabeiras, na Região
Centro-Sul, quando as duas caíram. Elas foram atendidas pelo Corpo de
Bombeiros e encaminhadas para o hospital.
Segundo a BHTrans, nos últimos 11 meses, 155 multas foram aplicadas às empresas pelo não funcionamento ou defeito nos equipamentos.
Em depoimento, a mulher contou que o motorista parou no ponto de ônibus
e ela foi embarcar.
O cobrador desceu para ajudar e mãe e filha subiram
no elevador. Conforme Rosineide, quando o aparelho já estava quase no
alto, ele desabou.
O cobrador afirmou que quando o aparelho estava
quase no alto, a cadeira de rodas foi para frente e mãe e filha acabaram
desequilibrando. O motorista disse apenas que parou no ponto de ônibus
em uma subida e que não viu o acidente acontecer.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a garota sofreu ferimentos no rosto e a
mãe precisou de atendimento, pois passou mal diante da situação. De
acordo com a unidade de saúde, elas estão estáveis e passam por exames.
A BHTrans informou que não vai se pronunciar sobre o caso até ter
acesso ao boletim de ocorrência do acidente.
A empresa adiantou que fará
a apuração do ocorrido, estando o consórcio operador
sujeito às penalidades previstas no regulamento do serviço de transporte
coletivo, que podem ser multa, retenção do veículo, dentre outros.
Belo Horizonte tem, atualmente, uma frota de 3.297 veículos. Desses,
86% contam com elevador e sistema de acessibilidade.
A BHTrans informou
que os veículos com as adaptações passam por vistorias periódicas. Uma
dessas aferições é realizada nos pontos finais de ônibus, por equipes de
técnicos e fiscais da empresa.
De agosto do ano passado até 31 de julho deste ano, a empresa que
administra o trânsito de BH aplicou 155 multas pelo não funcionamento ou
defeito mecânico nos elevadores dos veículos do transporte coletivo.
A BHTrans ressaltou que vem discutindo com as entidades representativas
das pessoas com deficiência as questões de acessibilidade no sistema e a
possibilidade de melhorar os caminhamentos e equipamentos que ajudem as
pessoas a se movimentarem com maior segurança.
Fonte: EM.com
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