Atualmente, estima-se que Teresina (PI)
possua mais de 2 mil paradas de ônibus. No entanto, apenas 500 possuem
coberturas de proteção a forte incidência do sol.
As demais não possuem
um abrigo adequado que permita ao usuário esperar com conforto para
pegar a condução necessária e seguir viagem. O problema afeta todos os
passageiros; sobretudo, os que possuem mobilidade reduzida.
A cabelereira Francisca Maria de Araújo afirma que “sombra é algo raro
nas paradas de ônibus” do Centro e do bairro onde reside: Nova Alegria
II, zona Sul de Teresina.
“A gente chega a sentir dor de cabeça, mal
estar intestinal e outras coisas. A solução seria instalar mais paradas,
com maior cobertura e colocar mais ônibus para diminuir o tempo de
espera”, defende a usuária do sistema de transporte público de Teresina.
Flagrante
No Residencial Cidade Sul, Anikelly Santos afirma que os moradores não
têm acesso nem mesmo ao sistema de transporte público. A solução é ir
até a BR 316 para ter acesso ao serviço, onde não existem estruturas de
concreto nem de ferro, para proteger do sol.
Em meio ao B-R-O-Bró, Anikelly tem que se deslocar, com sua filha Nayara Beatriz, que é cadeirante, a diversos pontos da cidade para realizar tratamentos médicos. E o tempo de espera chega a ultrapassar uma hora.
“As paradas não têm sombras, não são acessíveis, pois faltam rampas e
sem falar nos desrespeito que os motoristas têm, pois, muitas vezes, não
param nas paradas quando observam que têm cadeirante esperando”, relata
Anikelly.
No momento da apuração desta reportagem, na Praça João Luís Ferreira,
Centro de Teresina, a mãe de Nayara já esperava há mais de uma hora no
ponto de ônibus. Passaram dois veículos que não eram acessíveis e não
tinham elevadores para facilitar o acesso de cadeirantes.
O terceiro ônibus que passou pelo local possuía o elevador, mas,
segundo o cobrador e o motorista, o equipamento está quebrado há mais de
um mês.
A linha era Porto Alegre- Miguel Rosa, explorada pela empresa
Santana, a quem os funcionários afirmaram já ter sido informada sobre os
problemas do elevador utilizado por pessoas com deficiência.
Também dotando de mobilidade reduzida, Francisca das Chagas Batista
relata sofrer, diariamente, com a falta de uma estrutura melhor das
paradas de ônibus de Teresina.
“As paradas devem ser dignas e melhor
pensadas para a nossa realidade. Já sofremos com a pouca quantidade
ônibus e temos que esperar por horas no sol”, reclama.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
Fonte: Portal o Dia
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