10 de abr. de 2013

Cadeirante diz esperar por transporte especial há dois anos em Piracicaba (SP)

Ônibus acessível
A cadeirante Alessandra Batista, de 39 anos, reclama de falta de ônibus com elevadores de acessibilidade no bairro Santo Antônio, em Piracicaba (SP). Ela diz que os veículos que atendem a região não são adaptados e que há dois anos ela espera na fila para ser atendida pelo Elevar, programa da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Semuttran) que transporta exclusivamente pessoas com deficiência.

Alessandra disse que chegou a perder emprego e um curso devido à dificuldade de se locomover pela cidade. “Eu só trabalhei uma semana, porque o meu filho estava de férias e podia me levar. Depois tive que parar porque não tinha como ir ao trabalho. Também ganhei um curso profissionalizante e quando pedi condução para Prefeitura, disseram que eu tinha que esperar até 2014.”

Nesta terça-feira (9), o portal G1 acompanhou a dificuldade de Alessandra para usar o transporte coletivo que atende o bairro Santo Antônio. As barreiras começam assim que ela chega ao ponto de ônibus, na Rua João Roberto Perin. A calçada não possui a guia rebaixada para o acesso de cadeirantes.

Quando o veículo sem o elevador adaptado chega, Alessandra enfrenta mais um obstáculo. Ela só consegue entrar no ônibus com a ajuda do filho e do motorista, que afirmou que ela não poderia viajar sozinha, já que a cadeira ficaria solta e isso seria perigoso para a segurança da passageira. “Por causa dessas dificuldades não posso sair da minha casa. Nem para ir ao mercado ou ao Centro comprar os materiais para fazer artesanato. Se tivesse adaptação, eu poderia me virar sozinha. Ninguém gosta de ficar dependendo dos outros”, disse.

Resposta da Prefeitura

Vanderlei Quartarolo, diretor do Departamento de Transportes Públicos da Prefeitura, informou por meio de assessoria de imprensa que a Semuttran "não possui meios legais" para exigir das empresas que operam o transporte público que substituam os ônibus antigos por modelos com acessibilidade, uma vez que a concorrência para a concessão do transporte está parada na Justiça. "A substituição vem ocorrendo por iniciativa das atuais empresas transportadoras", relatou. Quanto à falta de guia rebaixada na Rua João Alberto Perin, Quartarolo informou que encaminhará o problema à Secretaria Municipal de Obras.

Fonte: G1

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