Enquanto o Palmeiras e a WTorre
não decidem a quem pertence a comercialização das cadeiras do Allianz
Parque, as obras do futuro estádio continuam.
Com cerca de 80% delas
concluídas, a Arena vai ganhando forma e promete excelência também em
questão de acessibilidade.
Ao menos é o que garante a
construtora, que realizou uma visita no local, na manhã desta
sexta-feira, para divulgar os principais acessos e áreas destinadas às pessoas com deficiência.
Organizado pela própria WTorre, o encontro terá as presenças de ao
menos dois torcedores com deficiências, Gilberto Frachetta, presidente
do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, e representantes da
empresa.
Diferentemente do antigo Palestra Itália, a promessa é que todos os
torcedores possam usufruir do Allianz Parque, seja ele com deficiência
ou não.
Os acessos especiais irão desde o estacionamento do estádio com
vagas específicas, assentos reservados, até bilheterias especiais.
As
adaptações ultrapassam as exigências da norma brasileira e também da
Fifa, entidade máxima do futebol.
Leandro Moreira, de 29 anos, tem deficiência e relembra as dificuldades
que enfrentou no antigo estádio. “Olha, eu ia muito ao Palestra Itália.
Primeiro na arquibancada, e depois no camarote que era disponibilizado
para as pessoas com deficiência. O lugar ficava embaixo das cabines de
imprensa, bem ao lado do camarote da Federação Paulista de Futebol, e
era pequeno.
Tínhamos de dividir o camarote com pessoas sem nenhuma
limitação, que detinham algumas cadeiras. Isso, às vezes, era
constrangedor, principalmente para os cadeirantes, que precisavam ficar em suas cadeiras e, muitas vezes, não viam o jogo quando lotava”, disse o palmeirense.
De acordo com os números da construtora, a Arena possui rampas de
acesso, 66 banheiros acessíveis e exclusivos em todos os pavimentos, 396
espaços para cadeirantes, 754 assentos para pessoas com mobilidade
reduzida, 255 cadeiras para obesos e 49 vagas para PNE, além de 15
elevadores e 26 escadas rolantes – que começaram a ser instaladas nesta
semana.
"O elevador era arcaico, nada moderno mesmo. Era uma tortura
utilizá-lo. Às vezes, ficávamos minutos esperando a cabine esvaziar. Os
auxiliares tinham que se desdobrar para dar conta de todos. Era um
caideirante por vez descendo, tendo de dividir o mesmo espaço com
jornalistas, sócios, diretores", completou Leandro.
Fonte: IG esporte
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