11 de fev. de 2014

Sem técnico em libras, deficientes auditivos não conseguem tirar CNH




A falta de um técnico em libras nas autoescolas de São Carlos (SP) e região tem gerado transtornos às pessoas com deficiência auditiva que sonham em tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH)


Os alunos precisam de um intérprete para auxiliá-los nas aulas e exames. Quando o estabelecimento oferece o serviço desse profissional, entretanto, o custo da habilitação pode ficar até R$ 1 mil mais caro.
 
O presidente do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), Daniel Annenberg, disse que tanto o órgão quanto o Sindicato do Centro de Formação de Condutores tem trabalhado para melhorar essa situação.


“O sindicato está formando os seus técnicos para atender esse pessoal. Em 2013, o Detran formou 53 funcionários e o nosso compromisso é chegar a 300 até o fim do ano.Isso vai continuar no ano que vem. O objetivo é ampliar ainda mais”, afirmou.
 
Repasse
 

Enquanto isso, o custo do serviço do tradutor é sempre repassado ao futuro motorista, lembrou a presidente da Comissão das Pessoas com Deficiência, Aline Bravo. 


“Essa taxa adicional foi constatada por meio um inquérito civil público. Isso acaba se tornando uma barreira econômica para a emissão dessa carteira”, explicou.


O aposentado Maurício Ribeiro contou que o sonho da filha Rosana é tirar a CNH para que ela possa trabalhar e realiza outras atividades sozinha. O maior problema tem sido encontrar uma autoescola que tenha o intérprete e que não cobre tão caro pelo serviço.

Voluntário
 

Uma vez por semana, Rosana e outros amigos com deficiência auditiva se reúnem na casa do técnico em libras, Alexandre de Souza, para aulas de trânsito. No local, o grupo aprende tudo sobre sinalização.


Intérprete e voluntário, Souza dedica quatro horas por semana para as aulas. Aos poucos, os alunos aprendem a legislação, mas o maior problema é que na hora da prova do Detran os futuros motoristas fazem na presença de um intérprete.


“Isso dificulta porque a linguagem dos deficientes é diferente, então eles precisam de um intérprete para ajudá-los na hora da dificuldade. Eles precisam entender a palavra”, explicou Souza.






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