
Em 2013, mais de 500 brasileiros morreram de dengue e quase 1 milhão e
meio contraíram a doença. No Bem Estar desta sexta-feira (17), o
infectologista Caio Rosenthal explicou que não há um grupo de risco para
desenvolver a doença – qualquer pessoa, mesmo a mais saudável, pode
pegar e evoluir para um quadro mais grave.
Em caso de
suspeita da doença, a dica principal é beber bastante água, cerca de 3 a
4 litros ao dia, como alertou o médico. Isso ajuda a evitar o risco de
choque hipovolêmico e até mesmo um quadro mais grave, como a morte.
Se o
médico observa no hospital que o paciente não vai conseguir beber a
quantidade adequada de água por algum motivo, ele deve colocar o soro
fisiológico imediatamente para ajudar e evitar a desidratação.
O
infectologista acrescenta ainda que pessoas que já pegaram dengue uma
vez podem ter complicações maiores se pegarem a doença novamente.
Para o telespectador Sidney Matsuguma, a falta de hidratação foi o
motivo que sua mulher não tenha sobrevivido à dengue. A cabeleireira
Adriana, que era uma mulher saudável, fazia exercícios físicos
regularmente, se alimentava bem e não tinha nenhum problema de saúde,
acabou pegando a doença junto com o marido – ele foi logo ao hospital,
tomou remédios e se recuperou, mas ela desenvolveu um quadro mais sério,
foi internada e não resistiu, como mostrou a reportagem da Solange
Riuzim, de Campo Mourão, no Paraná.
Para se proteger contra o
mosquito, fora todos os hábitos que ajudam a combatê-lo, como evitar
água parada em pneus e vasos e colocar uma tela fina nas janelas, por
exemplo, há também a esperança de uma vacina.
Há 80 anos, cientistas do
mundo inteiro buscam essa vacina e, segundo o diretor da Divisão de
Ensaios Clínicos do Instituto Butantan, Alexander Precioso, as pesquisas
estão no caminho certo.
Em 2005, o Instituto fechou uma parceria com
empresas nacionais de saúde dos Estados Unidos para desenvolver essa
vacina – como mostrou a reportagem da Carla Modena, os quatro vírus
causadores da dengue tiveram o material genético modificados para que a
pessoa vacinada produza os anticorpos, mas não desenvolva a doença.
Agora, a vacina será testada em 50 pessoas na cidade de São Paulo,
homens e mulheres entre 18 e 59 anos saudáveis que nunca tiveram dengue.
Com esses primeiros resultados, os cientistas poderão ampliar os testes
para um grupo maior de pessoas, incluindo quem já teve a doença.
Segundo os especialistas, a vacina pode estar disponível a partir de
2018, como mostrou a reportagem.
Enquanto isso não acontece, os
especialistas continuam reforçando a importância de adotar medidas de
prevenção, como recolher recipientes que possam acumular água no dia a
dia.
Caso isso aconteça, as fêmeas do mosquito depositam os ovos dentro
desses recipientes e no futuro, esses ovos se transformam em larvas, que
crescem e se tornam mosquitos adultos.
De acordo com o engenheiro
agrônomo Luís Fernando Macul, a conscientização da população é
extremamente importante para reduzir a infestação de dengue.
Fonte: G1
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