1 de set. de 2012

Alzheimer - mitos e verdades

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  A doença de Alzheimer ou mal de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro caracterizada por uma perda das faculdades cognitivas superiores, manifestando-se inicialmente por alterações da memória episódica . 

 Estes défices amnésicos agravam-se com a progressão da doença, e são posteriormente acompanhados por défices visuo-espaciais e de linguagem.

 O início da doença pode muitas vezes dar-se com simples alterações de personalidade, com ideação paranóide.

Caracteriza-se clinicamente pela perda progressiva da memória. O cérebro de um paciente com a doença de Alzheimer, quando visto em necrópsia, apresenta uma atrofi generalizada, com perda neuronal específica em certas áreas do hipocampo mas também em regiões parieto-occipitais e frontais.

A perda de memória causa a estes pacientes um grande desconforto em sua fase inicial e intermediária, já na fase adiantada não apresentam mais condições de perceber-se doentes, por falha da auto-crítica. 

Não se trata de uma simples falha na memória, mas sim de uma progressiva incapacidade para o trabalho e convívio social, devido a dificuldades para reconhecer pessoas próximas e objetos. Mudanças de domicílio são mal recebidas, pois tornam os sintomas mais agudos. 

Um paciente com doença de Alzheimer pergunta a mesma coisa centenas de vezes, mostrando sua incapacidade de fixar algo novo. Palavras são esquecidas, frases são truncadas, muitas permanecendo sem finalização.

Quem foi Alzheimer
 
Em 1901, o neurologista alemão Alois Alzheimer (1864-1915, foto acima) diagnosticou uma “rara doença de córtex cerebral” na paciente Auguste Deter, de 51 anos. Em 1906, Alzheimer descreveu a doença neurodegenerativa pela primeira vez em uma conferência. O médico definiu a patologia neurológica como uma demência cujos sintomas seriam déficit da memória, alterações de comportamento e incapacidade para executar atividades rotineiras. Anos depois, um colega de Alzheimer, Emil Kraepelin (1856-1926), deu à doença o nome do neurologista.

Mitos e Verdades sobre o Alzheimer
Mito: O primeiro sintoma é sempre a perda da memória. Isso acontece na maioria das vezes. Outros sintomas, como instabilidade emocional, dificuldade de concentração ou de tomar decisões, também podem ser os primeiros.
Mito: A doença de Alzheimer é hereditária. Normalmente a doença só está relacionada a fatores genéticos quando ela aparece em adultos jovens (30, 40 anos). E estes casos correspondem a apenas 5% do total.
Mito: Alzheimer é uma doença feminina. Homens e mulheres têm Alzheimer. Embora a doença se manifeste mais entre as mulheres, não se sabe se o risco está no sexo ou no fato de elas terem maior expectativa de vida.
Mito: Alzheimer é uma doença feminina. Homens e mulheres têm Alzheimer. Embora a doença se manifeste mais entre as mulheres, não se sabe se o risco está no sexo ou no fato de elas terem maior expectativa de vida.
Mito: O doente tem direito, a saber, que tem Alzheimer. A decisão depende da família. A orientação é, na medida do possível, poupar o paciente.
Mito: Um parente é sempre o melhor assistente. Muitos familiares sentem culpa por deixar o doente com assistentes profissionais ou instituições, mas a partir de determinado estágio da doença a clínica pode ser a melhor opção.

Verdade: O diagnóstico não é 100% certo.  A única forma de comprovação é um exame do tecido cerebral após a morte do doente. Em vida, o diagnóstico é feito por exclusão de outros tipos de demências. Hoje, os acertos são superiores a 90%.

Verdade: O nível de educação e tempo de trabalho ajudam a determinar quem terá Alzheimer na velhice. Pesquisas já demonstraram que pessoas que sempre trabalharam e tiveram maior tempo de educação formal correm menos riscos de adquirir Alzheimer.

Verdade: Não existe nenhum medicamento que interrompa o processo da doença. Alguns medicamentos podem tornar o processo mais demorado ou atacar problemas paralelos da doença, como insônia ou agitação. Mas não interrompem o processo.
Verdade: Alzheimer prejudica o sistema imunológico. É comum a ocorrência de infecções respiratórias e urinárias. Pneumonia é uma causa freqüente de morte.
Verdade: Não há cura para Alzheimer. Atividades que exercitam a mente, como leituras ou palavras cruzadas, ajudam a adiar o processo. Uma vez instalada a doença, as atividades servem para manter o doente relaxado e ocupado, mas não a fazem regredir
Dicas para o assistente ao portador de Alzheimer
 
A tarefa nem sempre é fácil. Exige paciência, criatividade, dedicação e, principalmente, afeto
Uma nova rotina
Ela pode auxiliar o portador a se adaptar à doença e facilitar o cumprimento das atividades, como horário para a medicação, banho e alimentação
Incentivo à independência
Estimule atividades do cotidiano, como se vestir sozinho. Nessas ações, é preciso supervisionar e respeitar as limitações do portado
Dignidade
Envelhecer com dignidade é um dos principais desejos do idoso. Portanto não exponha suas condições na frente de outras pessoas. Converse sobre as dificuldades do paciente longe dele
Confrontos
Inevitavelmente, conflitos vão surgir. Mantenha a calma e lembre-se que está lidando com uma pessoa que pode sofrer de momentos de agitação, extrema irritação e até agressividade. O contato físico, como um carinho, sempre ajuda a acalmar os ânimo
Segurança
A casa segura evita acidentes e fugas repentinas. O portador, muitas vezes, não reconhece mais o lugar onde mora e tenta fugir. Verifique todos os móveis e utensílios que oferecem riscos
Diálogo
Perguntas e respostas simples ajudam a compreensão. Faça-as de uma maneira que o portador possa dizer “sim” ou “não”, seja por meio de palavras ou gestos. Com o avanço da doença, certifique-se de que ele está sendo entendido por todos e tendo suas necessidades atendidas. Use palavras-chave que remetam à memória que ele ainda preserva
Saúde física
O exercício físico é um colaborador na manutenção da saúde como um todo, desde que respeitadas as condições do doente. Pergunte ao médico o que é mais apropriado para ele
Tratamentos e medicação

As drogas só devem ser tomadas com prescrição médica. Algumas delas
causam efeitos colaterais

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