Alunos da Universidade Federal do Acre, campus
Floresta em Cruzeiro do Sul, a 648 km da capital, procuraram o
Ministério Público Federal nesta quinta-feira (9), para denunciar a
falta de intérprete de Libras na instituição.
Segundo os acadêmicos,
seis alunos são surdos e enfrentam dificuldades para acompanhar as
disciplinas ministradas nos cursos. Eles reivindicam que a Ufac contrate
intérpretes pagando salários justos e respeitando as leis trabalhistas.
Os estudantes afirmam que o reitor da instituição foi
informado do problema, adotou medidas paliativas, mas a situação segue
sem ser resolvida. Alessandro Souza, de 34 anos, é aluno do 5º período
do curso de pedagogia e diz que as condições oferecidas no campus
Floresta são mínimas e estão causando prejuízos aos alunos com
deficiência auditiva.
“A Ufac abre espaço para alunos com deficiência, mas não oferece um aparelhamento adequado para atender as necessidades deles”.
Segundo ele, desde 2013 os alunos estão sem a assistência adequada.
Nesse período, foi aberta uma conversação, que resultou em contrato
provisório, com pessoas atuando como intérpretes paliativamente e sem
sequência na função.
Os líderes das turmas afirmam que os alunos estão
tendo prejuízos por não conseguirem acompanhar as disciplinas.
“A Ufac
precisa fazer sua parte, aparelhar a instituição para que ela possa
receber os alunos que apresentam necessidades especiais”, destaca Souza.
Ao G1, a vice-reitora da Ufac, Guida Aquino, informou
que alguns professores de Rio Branco estão sendo enviados para atuar no
campus em Cruzeiro do Sul.
“Houve um atraso, mas já estamos em processo
de contratação de profissionais para ficarem permanentemente no campus
Floresta. Os professores que foram contratados desistiram dos contratos e
estamos chamando os próximos da lista”, garante.
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