O projeto Cão-Guia de cegos do Distrito Federal precisa de voluntários. Atuando desde 2001, o projeto visa a reintegração da pessoa com deficiência visual
à sociedade, proporcionando-lhe
segurança, mobilidade, qualidade de
vida e inclusão social por meio do cão-guia. Desde a sua criação, a
instituição entregou 43 cães para pessoas com diversos tipos de
deficiências visuais em todo o Brasil.
De acordo com a entidade, a única ajuda do governo é o treinamento dos
animais, que são concedido pelo Corpo Militar de Bombeiros do DF.
O
restante da equipe é formado por voluntários, que atuam no cuidado dos
cães, na manutenção da sede e na busca de recursos para o projeto
continuar funcionando.
Atualmente existem cinco perfis de voluntariado: Voluntário-dia,
família de acolhimento, família hospedeira, voluntário especialista e
voluntário topa tudo.
As inscrições devem ser feitas através do e-mail
caoguia.voluntariado@gmail.com. No e-mail, o candidato deve informar seu
nome completo, idade, e área pretendida.
O projeto também está aberto a
pessoas que queiram dar sugestões e possam ajudar com o que puderem.
Conheça os tipos de voluntariado
Voluntários-dia: são aqueles que gostam de cães e têm
disponibilidade de tempo. Atualmente, o projeto tem 19 voluntários nesse
perfil. É um trabalho de extrema importância para garantir o bem-estar e
qualidade de vida aos cães em treinamento, aposentados ou desligados.
As atividades incluem caminhadas com os animais, escovação, banho, e,
principalmente dar amor e carinho a cada um deles.
O voluntário também
pode participar de outras ações, como limpeza, organização do Centro de
Treinamento, participação nos eventos, atividades administrativas e
divulgação das atividades do projeto.
Pra esse perfil, é necessário o
candidato a voluntário ter idade mínima de 18 anos e disponibilidade
mínima de uma hora por semana, o trabalho é feito na sede do Projeto
entre segunda à sexta-feira das 9h às 12h ou 14h às 16h.
Família de acolhimento: é aquela que tem interesse em
cuidar de um cão adulto reprodutor ou matriz. São cães que podem ter uma
vida normal em uma casa de família, mas precisam de atenção e cuidados
diários.
As atividades incluem dar toda atenção necessária para o
animal, não permitir que o cão cruze e levá-lo ao canil sempre que
houver necessidade de reprodução ou no momento de nascimento do
filhotes.
O candidato deve ter no mínimo 18 anos, morar em casa com
ambiente apropriado para criação de um cachorro de grande porte e ter
disponibilidade para colaborar e aprender.
Famílias hospedeiras: são os responsáveis pela
socialização dos filhotes do projeto.
O voluntário fica com os filhotes
entre o período de dois meses a um ano e meio de idade, e é responsável
pela primeira etapa de formação de um cão-guia, fazendo a socialização
do filhote.
Isso significa que o voluntário precisa educar e acostumar o
cão ao maior número de experiências possíveis, frequentando diversos
lugares, como shoppings, restaurantes, locais de trabalho e
estabelecimentos comerciais.
Para participar do processo de seleção, o
interessado deverá residir em Brasília-DF, ter idade igual ou superior a
18 anos, morar em casa, ter disponibilidade de tempo para sair com o
cão para atividades externas, devendo, no geral, proporcionar o maior
número de experiências possíveis para o cão.
É importante que toda
família esteja de acordo com a hospedagem do animal. Atualmente, o
Projeto não conta com novos filhotes, os candidatos interessados em se
tornar uma família hospedeira ficam com o nome em um cadastro e são
chamados quando houver o nascimento de novos cães.
Voluntário especialista: é aquele que quer ajudar
dentro da sua área de competência profissional. A pessoa poderá
desenvolver suas habilidades profissionais, aumentar sua experiência e
ainda exercer sua cidadania ajudando uma causa social.
Juliana Jobim é formada em Desenho Industrial e Publicidade e
Propaganda, e atua como voluntária especialista do projeto desde o final
de 2011. “Eu conheci o projeto em 2010, quando fiz uma matéria com o
Silvo, um dos primeiros deficientes visuais a receber um cão-guia. Ele
frequentou algumas aulas com o animal dele na época, o Zircon.
O cão
sempre ficava deitado do lado dele, quietinho, um dia no final da aula
um dos alunos perguntou se poderia fazer carinho no animal, e ele falou
que precisava tirar o arreio.
Quando ele tirou, o cachorro se
transformou totalmente e saiu rodando a sala toda, cheirando todo mundo,
brincando e lambendo. Fiquei totalmente encantada com esse
comportamento.”, conta a designer, que começou no projeto fazendo
carteirinhas, banners e camisetas.
“Comecei ajudando na minha área de
atuação e em eventos que o projeto participa, hoje me envolvo bastante e
ajudo em tudo que posso”, completa.
Hoje esse é o perfil de voluntariado que o projeto mais precisa,
algumas áreas de atividade são de Publicidade, Veterinária, Design,
Assessoria de Imprensa, Mídias Sociais, Fotografia, Contabilidade,
Administração, Arquitetura, Direito e outros.
Atualmente a maior lacuna é
a designer gráfico, que trabalhará no desenvolvimento de conceito e
criação de peças gráficas para o dia a dia do projeto.
Para tornar-se um
voluntário especialista é necessário disponibilidade de duas a dez
horas semanais, com trabalho em remoto e, esporadicamente, na sede do
Projeto.
Voluntário topa tudo: é aquele que tem interesse em ajudar o projeto de
alguma forma, mesmo que não seja em uma área de atuação especifica.
Eles podem ajudar em inúmeras atividades que podem ser feitas
presencialmente, nas ruas ou de casa.
São atividades como captação de
recursos, realizando, organizando ou prospectando eventos e ações;
elaboração de projetos de patrocínio; busca de patrocínios e parceiras;
venda de produtos; mutirões de limpeza; organização de confraternização e
outros.
O voluntário precisa ter de duas a dez horas de disponibilidade
semanal, com trabalho em remoto e, esporadicamente, no local.
Atualmente nesse perfil, as maiores lacunas são a de captação de
recurso, e a do descritor de imagens, que tem o objetivo de tornar o
facebook do projeto mais acessível para pessoas com deficiência visual.
Outras formas de ajudar
Quem tiver interesse, pode contribuir com o Projeto Cão-Guia de Cegos
DF doando qualquer valor, por depósito ou transferência bancária,
depositando na conta abaixo:
Associação Amigos do Cão-Guia – AACG / Banco do Brasil, Agência 3604-8, Conta Corrente 11.882-6, CNPJ 18.080.324/0001-24
Fonte: Jornal de Brasília / Vida Mais Livre
Nenhum comentário:
Postar um comentário