Uma associação de Araçatuba (SP) que oferece tratamento de graça a pessoas com deficiência física precisa de voluntários para ajudar no atendimento.
A AADEFA
já foi uma referência em atendimento, oferecia vários tipos de
tratamento e hoje trabalha apenas com a fisioterapia.
O problema é a
falta de voluntários, já que a associação sobrevive de doações e do
trabalho de pessoas dispostas a ajudar.
Luciano Alexandre de Carvalho ficou tetraplégico depois de cair de uma
carroça . Ele conta que o atendimento da Aadefa foi fundamental para
conseguir viver com mais independência.
“Ganhei transferência para a
cama, para a cadeira, fazer minha higiene sozinho também", diz Carvalho.
Flávio Andrade sofreu um acidente de trabalho há 12 anos e ficou
paraplégico.
Ele faz fisioterapia na entidade duas vezes por semana .
Para ele, o trabalho dos voluntários é fundamental para quem precisa de
tratamento. “Se eu tivesse parado, teria me atrofiado. Para mim só tem
benfeitoria”, conta Andrade.
A Associação de Atendimentos aos Deficientes Físicos de Araçatuba
existe há 30 anos e oferece atendimento gratuito de fisioterapia para 80
deficientes físicos da região, mas poderia atender o dobro se contasse
com o trabalho de mais pessoas.
Hoje, só existem voluntários na
diretoria da associação. Como a entidade sobrevive de doações, o
orçamento é sempre apertado. Só há uma fisioterapeuta contratada e
ninguém mais para ajudar.
"No momento eu atendo sozinha e não posso
aumentar o número de atendimentos por falta de voluntários. Poderíamos
estar ampliando os atendimentos, temos a estrutura”, conta a
fisioterapeuta Carla Fernanda Martineli.
A piscina que deveria ser usada para hidroterapia no período na manhã
está parada. Na cozinha da associação, a situação não é diferente. As
refeições pararam de ser servidas há 1 ano. Tudo por causa da falta de
voluntários.
"A instituição não tem a mínima condição de contratar
nenhum tipo de serviço. Por exemplo, precisamos de um serviço social, de
uma psicóloga. Hoje nós oferecemos aos deficientes apenas o serviço de
fisioterapia, mas gostaríamos muito de oferecer outras atividades", diz a
secretária e voluntária da diretoria Bernadete Rodrigues Inácio.
Outro projeto que está parado por falta de voluntários é o curso de
informática. A associação ganhou 20 computadores, mas faltam professores
para ensinar os deficientes. Enquanto isso, os equipamentos ficam
empilhados na sala.
"Nós precisamos de um técnico de informática pois
ganhamos tudo para montar um curso de informática. Ninguém aparece com
interesse”, explica Bernadete.
Quem quiser ajudar a Aadefa seja com voluntariado ou doações pode entrar em contato pelo telefone (18) 3117-7430.
Fonte: G1 / Vida Mais Livre
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