Tema recorrente nas discussões de legado dos Jogos Olímpicos de 2016, a acessibilidade entrou
novamente em pauta em um briefing realizado pelo Comitê Organizador do
Rio de Janeiro na última segunda-feira.
Diante de questionamentos sobre a
capacidade da cidade olímpica estar preparada para atender às demandas
de pessoas que possuem algum tipo de deficiência -
volume que crescerá exponencialmente durante das Paralimpíadas, a
gerente de Integração Paralímpica do Comitê Rio 2016 mostrou-se
realista, mas garantiu que a sede brasileira não fará feio diante do
mundo.
O Rio 2016 tem trabalhado com os diferentes níveis de governo, com a
prefeitura, com o estado, para tornar a cidade mais acessível. A gente
sabe que não vai ser 100% acessível em 2016.
Nenhuma cidade do mundo
consegue melhorar tanto em nove anos, que é o tempo que a gente tem de
processo dos Jogos, mas a gente tem trabalhado incansavelmente. Nunca se
falou tanto sobre acessibilidade.
Os Jogos Paralímpicos são um grande
catalisador para essa melhoria da cidade. Eu tenho certeza que a gente
não vai passar vergonha. A cidade está melhorando e as pessoas vão poder
circular pela cidade, mas com certeza a gente não é utópico e sabe que
vai ter muito a melhorar.
O que a gente espera é que os Jogos
Paralímpicos deixem como legado essa continuação de melhoria da
acessibilidade na cidade.
Em março deste ano, o ministro do Esporte, George Hilton, e a
Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti discutiram o tema em um
encontro em Brasília.
De acordo com um levantamento 102 das instalações
que se candidataram a receber delegações estrangeiras para a aclimatação
para as Paralimpíadas precisariam de obras de adequação para receberem
pessoas com deficiência.
Longe de ficar surpresa com esses números, Mariana Mello destacou que
essas reformas são uma das várias formas de legado das Paralimpíadas,
ampliando inclusive os benefícios do evento para outras cidades
brasileiras, não limitando-os apenas ao Rio de Janeiro.
A gente acredita que os Jogos estão ajudando essas instalações a se
reformarem. Porque se elas querem receber delegações paralímpicas elas
tem que atender determinados requerimentos. estão se transformando e
fazendo obras.
A gente sabia que teria dificuldade nessa área, mas
acredita que pode ajudar a melhorar. Entendemos a melhoria dessas
instalações em todo o Brasil e não só no Rio como um outro legado
positivo dos Jogos.
Nesta segunda-feira, a inauguração de uma maquete tátil do Parque
Olímpico representou ainda outra vertente de acessibilidade dos Jogos.
Com uma planta de 1,3m², a peça conta com miniaturas das nove arenas
esportivas (Arenas Carioca 1,2 e 3, Arena do Futuro, Estádio Aquático,
Centro de Tênis, Velódromo, Parque Aquático Maria Lenk e Arena da
Barra), estão representados também o Centro de Imprensa (MPC), o Centro
Internacional da Transmissão (IBC), o hotel de mídia e o Live Site,
permitindo que as pessoas com deficiência visual entendam as dimensões e
a arquitetura do principal local de competição de 2016.
Fonte: Globo Esporte / Vida Mais Livre
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