Por falta de repasse de verba por parte da parte da
Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) de Campina Grande, o
Centro Assistencial da Criança Excepcional (Cace) e o Instituto
Campinense de Assistência ao Excepcional (Icae) encerram atividades
amanhã.
As instituições atuavam na cidade a mais de trinta anos e a
dívida já ultrapassa R$ 150 mil e vem desde agosto de 2014.
O Cace e o Icae são responsáveis, juntos, por mais de 380
atendimentos mensais, mas a falta de repasse financeiro por parte da
Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) têm inviabilizado o
prosseguimento das atividades, que serão encerradas amanhã, segundo o
diretor-presidente das instituições, George Suetônio Ramalho.
O diretor explica que a dívida com as instituições se acumula desde
agosto de 2014 e já ultrapassa R$ 150 mil.
“A verba é transferida do
governo federal para o fundo municipal de assistência social, mas a
Semas (Secretaria de Assistência Social) não tem repassado o recurso
para as instituições. Estamos funcionando, desde agosto, quando o
repasse foi paralisado, porque nós tínhamos reserva em caixa. Mas agora,
a partir do início de abril, não podemos prosseguir com os atendimentos
e estamos devolvendo a clientela para que a gestão municipal tome as
providências”, disse.
Ainda segundo George Suetônio, o repasse mensal das instituições
ficava em torno de R$ 23 mil. O diretor expôs seu descontentamento
também em redes sociais. A mesma preocupação é vivida pelos deficientes
atendidos nas instituições e seus responsáveis, que estão preocupados e
já cogitam fazer protestos.
Segundo o diretor administrativo da Semas, Maésio Tavares, o problema é apenas burocrático e será resolvido assim que as entidades apresentarem a documentação necessária para o edital que será lançado hoje para repasse da verba do governo federal.
Fundadas em 1976 e 1978, respectivamente, o Cace e o
Icae funcionam em Campina Grande há 38 anos e atendem a crianças e
adolescentes de 3 a 18 anos, com deficiência múltipla, sequelas
neuromusculares, transtorno de conduta, dentre outras.
As instituições
recebem usuários não só de Campina Grande, mas também de regiões
circunvizinhas como Queimadas, Aroeiras, Esperança, Lagoa Seca,
Puxinanã, dentre outras.
Há menos de 15 dias, a Associação de Assistência à Criança
Deficiente (AACD) paralisou as atividades em Campina Grande, também por
conta de atraso de repasse do dinheiro da PMCG.
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