2 de abr. de 2015

Livro de Libras traz sinais capixabas para que tem surdez no ES

 


O universo dos gestos usados por quem tem surdez e vive no Espírito Santo ganhou um registro importante. 


O livro "Libras e o sabor dos sinais capixabas" traz à comunidade surda, aos profissionais que atuam com a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a quem mais se interessar sinais que são apenas capixabas.

 
As professoras bilíngues Rosalba Dias Lemos, Nilzea de Faria e Liliane Ramos, que idealizaram e produziram o livro, contam que, antes do lançamento, as referências para os sinais vinham de outros estados, como o Rio de Janeiro e São Paulo. 


"Esse é o primeiro livro ilustrado de Língua de Sinais do Espírito Santo. É um registro oficial que nasceu da nossa dificuldade como professora de mostrar aos alunos sinais que são locais", fala Nilzea.


Rosalba explica que a obra não se trata de um dicionário de palavras gerais e comenta sobre o foco da ação. 


"O nosso livro é como se fosse um dicionário do Estado, com os nomes das cidades, das praias, dos pontos como o da Pedra da Cebola. Além disso tem também o congo em libras, a moqueca capixaba em libras, nome dos nossos bairros e das nossas cidades. É um presente para o Espírito Santo em libras", fala a professora.


O livro conta com mais de 300 sinais que são ensinados por meio de fotos de alunos das professoras. Foram dois anos e cinco meses de pesquisa para conseguir esse resultado. 


Um trabalho que só traz orgulho a todas elas. "Valeu muito a pena todo o esforço, a gente lembra das dificuldades e tudo. Mas vale a penas, é uma sensação de dever cumprido", conta Rosalba.


Para Nilzea o orgulho é ainda maior, e ela explica o por quê. "O esforço é compensado, e alegria de contribuir com quem quer aprender é muito grande. Eu estou muito orgulhosa particularmente, porque a minha filha aparece no livro. 


Ela é estudante, de 16 anos, e ilustra vários locais turísticos, porque a imagem para o surdo é muita importante para ela", conta feliz a mãe da menina.

 

Pesquisa



O livro contou com uma fonte de informações especial dizem as professoras. Antônio Aniceto Simões, um senhor 60 anos, contribuiu ensinando não só os sinais em libras desconhecidos por muitos, como também a história de alguns deles. 


"Ele viajava o Estado todo, passou 34 anos vendendo aqueles folhetos que ensinam o alfabeto manual em Libras e divulgando também a língua de sinais. O Antônio foi muito importante, ele pode contribuir revelando a origem de alguns sinais que ninguém sabia", conta Rosalba.


Uma das professoras que conversou com Antônio, perguntou como ele se sentia em relação à obra que foi feita com a ajuda dele. "Estou muito feliz porque vi que o livro foi bem aceito, e que as pessoas gostaram. Por isso me sinto muito satisfeito", respondeu Antônio através dos gestos.


Além dele, as professoras contaram com a ajuda de uma professora de libras surda, muitos ouvintes, e também de grupos de surdos de determinadas regiões que confirmavam os sinais.
 

O livro contou com uma fonte de informações especial dizem as professoras. Antônio Aniceto Simões, um senhor 60 anos, contribuiu ensinando não só os sinais em libras desconhecidos por muitos, como também a história de alguns deles. 


"Ele viajava o Estado todo, passou 34 anos vendendo aqueles folhetos que ensinam o alfabeto manual em Libras e divulgando também a língua de sinais. O Antônio foi muito importante, ele pode contribuir revelando a origem de alguns sinais que ninguém sabia", conta Rosalba.


Uma das professoras que conversou com Antônio, perguntou como ele se sentia em relação à obra que foi feita com a ajuda dele. "Estou muito feliz porque vi que o livro foi bem aceito, e que as pessoas gostaram. Por isso me sinto muito satisfeito", respondeu Antônio através dos gestos.


Além dele, as professoras contaram com a ajuda de uma professora de libras surda, muitos ouvintes, e também de grupos de surdos de determinadas regiões que confirmavam os sinais.


Curso



A Secretaria de Estado da Educação (Sedu), abre nesta segunda-feira (30) pré-inscrições para Curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras), nos níveis Básico e Intermediário. 


Serão ofertadas 870 vagas para professores das redes pública e municipal, servidores de órgãos públicos em geral e membros da comunidade local.


As inscrições podem ser feitas nas sedes dos Centros de Formação de Profissionais de Educação e Atendimento às Pessoas com Surdez CAS/EOA (Escola Oral e Auditiva) localizados em Vitória, Vila Velha e Cachoeiro de Itapemirim, entre das 9 às 17 horas, até a próxima quarta-feira (01). 


Mais informações podem ser conseguidas através do número 3636-7862.


Libras


 
A Língua Brasileira de Sinais foi instituída como segundo idioma oficial do Brasil em 2002. 


Ela garante que instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde atendam e tratem pessoas com surdez.



 Fontes: G1  /   Rede Saci



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