Uma lei garante que empresas com mais de 100 funcionários destinem um percentual de 2 a 5% das vagas para pessoas com deficiência.
Nesta semana, em que é comemorado o dia nacional do surdo, a reportagem do Bom Dia MS mostra como as pessoas com deficiência auditiva enfrentam obstáculos no mercado de trabalho e de que maneira eles superam os desafios.
Neide Severina é uma das funcionárias mais antigas de uma editora em Campo Grande (MS).
Ela é surda e começou a trabalhar no local há 27 anos, quando ainda não
existia a lei que garantia vaga para pessoas com deficiência no mercado
de trabalho. Zaqueu Ribeiro Braz é o responsável pelo setor onde Neide
trabalha.
Ao longo dos anos, ele percebeu a necessidade de aprender a
linguagem de sinais para poder compreender a colega. “Eles não têm
audição mas ficam com a visão e o tato bastante apurados, e a gente
percebe o quanto eles são eficientes”, conta Zaqueu.
De acordo com a Fundação Social do Trabalho (Funsat),
em Campo Grande existem 1,2 mil pessoas com 100% de deficiência
auditiva, e desse total, cerca de 300 estão empregadas.
Em todo estado,
são mais de 100 mil deficientes auditivos. Segundo a coordenadora de
promoção ao trabalho da pessoa com deficiência, Eliene Rodrigues de
Souza, apesar da lei, há desafios a serem superados.
"O que falta ainda é
desmitificar a incapacidade da pessoa por conta da não acessibilidade
de comunicação. O surdo tem capacidade intelectual fantástica, o que
falta realmente é acreditar no potencial desse trabalhador", explica
Eliene.
Fonte: G1
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