A pedagoga Luciana de Lima Santana, 32 anos, não poderia imaginar que
nove anos depois de um grave acidente de carro que a deixou tetraplégica, ela estaria trabalhando como educadora e cuidando pessoalmente dos detalhes da formação da filha, de 12 anos.
A tragédia alterou radicalmente a vida de Luciana, mas a mudança mais
importante, classificada por ela, foi conquista do curso superior a
distância pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em 2011.
"Eu me sinto muito realizada. Ter um diploma da faculdade foi muito
gratificante para mim e para minha família. Eu gosto de me ver como um
exemplo de superação. Não vejo com heroísmo, mas como exemplo. Na vida,
se algo ruim acontece, a gente deve buscar outros caminhos", afirma.
Ela conheceu o ensino a distância por meio de uma reportagem em uma TV
regional e ficou interessada nos cursos oferecidos pela UFJF. Antes do
acidente, havia concluído o ensino médio, um curso técnico em meio
ambiente e iniciado o técnico em enfermagem.
No entanto, uma paixão da
adolescência – a pedagogia – falou mais forte e influenciou a escolha no
vestibular.
O concurso foi realizado em casa, em um período em que
Luciana ainda ficava deitada se recuperando do acidente. Um professor
aplicou a prova oral para a candidata, que conseguiu aprovação.
Luciana mora em Ilicínea, cidade que fica a cerca de 300 quilômetros de Belo Horizonte (MG).
No município há um polo da UAB, no qual a estudante se matriculou com
apoio de um irmão e das coordenadoras da unidade.
Durante quatro anos
teve que aprender a sentar, firmar os braços e a digitar para participar
das atividades online da graduação.
"Tive uma grande evolução, pois não tinha coordenação nos braços e na
mão. Com o tempo consegui teclar sozinha. Antes eu lia textos e
precisava de alguém para digitar os trabalhos. Hoje faço sozinha. Foi
uma evolução psicológica, física e social", conta Luciana. Quem antes
ficava em casa, respeitando limitações físicas, fez amigos nos encontros
e atividades presenciais com a turma de pedagogia.
Atualmente, Luciana dá aulas particulares de todas as matérias para
alunos do ensino fundamental e está terminando a pós-graduação a
distância em Educação Empreendedora pela Universidade Federal de São João Del-Rei (UFJS).
"Conheci um mundo que estou apaixonada", comenta Luciana sobre a
pedagogia. O maior orgulho dela é acompanhar de perto a educação da
filha de 12 anos, podendo aplicar o que estudou na teoria da graduação.
Outras histórias
A segunda graduação de Marlene Simões, 48, foi de pedagogia. E a
distância. Moradora de Guapé, um pequeno município mineiro a cerca de
300 km de Belo Horizonte, ela optou pelo ensino a distância) com a
intenção de suavizar a rotina de estudante.
O polo de Ilicínea, em que
ela fazia algumas aulas e as provas, fica a 30 km da sua cidade. E o seu
diploma é da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que reúne
atualmente 3.700 alunos na modalidade a distância.
A expectativa é grande para a colação de grau que deve acontecer em fevereiro de 2014. O operador de máquinas do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) de
Juiz de Fora, Luiz Carlos Figueiredo, 33, está quase se formando em
Administração Pública, graduação cursada pelo ensino a distância na UFJF
(Universidade Federal de Juiz de Fora).
Fonte: UOL
Talyta
ResponderExcluirApós um período trabalhoso, eu, Biólogo e Professor, estou reativando o VER DE VIDA. De forma aleatória vou divulgando a página e, aos poucos, anexando novamente imagens e textos que falam, principalmente da causa ambiental.
www.verevida.blogspot.com.br
Que a sua jornada seja de luz e paz.
Cláudio.