O Ministério Público de Minas Gerais divulgou, nesta segunda-feira (2), que propôs uma ação civil pública para garantir a acessibilidade na Arena Independência.
O estádio, que se tornou a “casa” do Atlético-MG, é localizado no bairro Horto, na Região Leste de Belo Horizonte.
Segundo o MP, uma vistoria feita pelo órgão aponta que o local não está
“plenamente adaptado”.
Conforme o Ministério Público, entre as falhas,
estão a falta de sinalização adequada para guiar pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e de espaço entre as fileiras de cadeiras para que elas possam transitar confortavelmente.
A ação civil pública foi proposta pela Promotoria de Justiça de Defesa
dos Idosos e das Pessoas com Deficiência de Belo Horizonte e prevê multa
diária de R$ 10 mil, caso as adequações não sejam feitas. O Ministério
Público informou que o caso tramita na 2ª Vara da Fazenda Pública de
Belo Horizonte.
Segundo o MP, o promotor Rodrigo Filgueira afirma que uma das
finalidades da ação é evitar que o direito de ir e vir da pessoa com
deficiência seja limitado.
Ainda conforme o Ministério Público, a
promotoria já havia tentado anteriormente, sem sucesso, um acordo para
que os administradores do estádio fizessem as intervenções necessárias.
Após a reforma, finalizada em 2012, o Independência foi cedido pelo América-MG
ao governo por 28 anos. O G1 entrou em contato com a assessoria do
Executivo estadual, que informou que, assim que for notificado sobre a
ação, vai se posicionar sobre o caso.
A empresa BWA, que compõe a
concessionária responsável pela gestão da arena, disse que está ciente
da ação, mas que não foi notificada oficialmente.
Mineirão
Em maio deste ano, o Ministério Público pediu que fossem suspensos jogos e eventos no estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão,
em Belo Horizonte.
O pedido, em caráter liminar, também partiu da
Promotoria de Defesa da Pessoa com Deficiência, que alegava que o
consórcio Minas Arena, que faz a gestão do estádio, não havia cumprido
as normas de acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade
reduzida. Segundo o MP, a ação ainda tramirta na Justiça.
Fonte: G1 Minas Gerais
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