
Oitocentos alunos da Escola Estadual Oral e Auditiva Professora Alécia Ferreira Couto,
localizada na Praia da Costa, em Vila Velha, no Espírito Santo, poderão
ficar sem atendimento especializado.
A denúncia foi feita nessa
quarta-feira (23) pelo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da
Pessoa com Deficiência na Câmara Municipal, diante da ameaça do prédio
ser destinada à Superintendência Regional da Secretaria de Estado da
Educação.
O representante do Conselho, José Carlos de Siqueira Júnior, informou
já ter oferecido denúncia sobre o caso ao Ministério Público, à Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB), à Comissão de Educação da Assembleia
Legislativa e ao governador Renato Casagrande. Ele alerta que sem o
espaço os alunos poderão ficar impedidos de estudar.
“Oitocentos alunos correm o risco sério de serem atirados à exclusão
social, cultural e educativa, por falta de atendimento especializado
oferecido pela escola”, denunciou José Carlos.
Ele cobrou uma resposta imediata sobre o futuro da escola que sempre
foi destinada ao ensino da linguagem de sinais (Libras) aos alunos com
deficiência auditiva do município.
Para discutir a denúncia no âmbito da Câmara, o vereador Zé Nilton
(PT), que promoveu uma Tribuna Livre com o representante do Conselho,
agendou uma reunião para o próximo dia 29, às 18h30, no Palácio Anchieta
e convidou o vice-governador Givaldo Vieira (PT) e o secretário de
Educação, Klinger Barbosa Alves, para discutir soluções para o problema.
“Vamos cobrar do Estado a garantia de que as atividades de ensino da
escola Alécia Couto tenham continuidade e que os alunos com deficiência
auditiva de Vila Velha não sejam desamparados”, disse o vereador.
Segundo ele, existem outros locais, prédios e áreas disponíveis na
cidade, muito mais adequadas para o governo do Estado abrigar a sede da
Superintendência Regional da Sedu.
Os vereadores Arnaldinho Borgo (SDD), Anadelso Pereira (PTN), Duda da
Barra (PP), Ricardo Chiabai (PPS) e Andinho Almeida (PMDB) também se
manifestaram solidários a situação e criticaram a falta de sensibilidade
das autoridades com os deficientes auditivos.
“Eu gostaria de saber qual o apoio que a Subsecretaria de Pessoas com
Deficiência da Secretaria Municipal de Assistência Social tem dado a
esses alunos. Eu, pelo menos, desconheço qualquer atividade que a pasta
tenha promovido este ano em Vila Velha na defesa dos interesses dos 88
mil moradores da cidade que têm algum tipo de deficiência física. Isso é
um absurdo”, disse o vice-presidente da Câmara, Andinho Almeida.
Fonte: Século Diário
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