A Fundação CPqD anunciou esta semana o lançamento do aplicativo CPqD Alcance, projetado para facilitar o uso de dispositivos móveis por pessoas com deficiências visuais. O app é gratuito e está disponível para download apenas para dispositivos Android.
A aplicação do CPqD utiliza o recurso de narração automática por
síntese de voz para facilitar o acesso do usuário às principais funções
do aparelho - que são representadas por ícones na tela sensível ao toque
do smartphone.
A medida que o usuários desliza o dedo sobre a tela, uma voz
sintetizada informa a função correspondente daquele ícone. Assim, o
usuário pode acessar as funções de realizar e receber chamadas, enviar e
receber mensagens de texto (SMS), consultar o histórico de ligações, o
nível de bateria, a data e hora e a lista de contatos telefônicos, entre
outras.
O CPqD Alcance oferece também algumas funções avançadas, como
despertador (com lembrete de voz), localização e auxílio ao
deslocamento, tocador de música e leitor de arquivos de texto, por
exemplo. "A intenção é facilitar o uso dos principais recursos do
smartphone, dando mais autonomia e privacidade à pessoa com deficiência
visual", explica Graziela Barros, gerente de produto no CPqD.
O aplicativo é resultado do Projeto VozMóvel, desenvolvido pelo CPqD em
parceria com o Centro de Prevenção à Cegueira (CPC) de Americana, com o
apoio de recursos do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das
Telecomunicações (Funttel), do Ministério das Comunicações,
administrados pela Finep.
"A parceria com o CPC é um diferencial
importante, porque permitiu identificar as reais necessidades dos
deficientes visuais e a sua participação no próprio desenvolvimento e
teste da solução", afirma Claudinei Martins, coordenador do Projeto
VozMóvel - que, em 2012, recebeu o Prêmio ARede na categoria
Acessibilidade.
Autonomia ao deficiente
Em fevereiro do ano passado, o CPqD iniciou um teste piloto com nove
pessoas atendidas pelo Centro de Prevenção à Cegueira, que receberam
smartphones com a aplicação instalada para serem utilizados no seu dia a
dia. "O intuito era avaliar a usabilidade da aplicação e receber
sugestões de melhorias", explica Martins.
O foco inicial do CPqD Alcance são as mais de 6,5 milhões de pessoas
cegas ou com grande dificuldade permanente de enxergar existentes no
Brasil, de acordo com o Censo 2010 do IBGE. Mas essa aplicação pode ser
utilizada também por outros usuários de smartphones, como pessoas com
baixo letramento ou pouco familiarizadas com tecnologia - como idosos,
por exemplo.
Fonte: IDGnow
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