Há um ano e meio, pais e crianças de todo o Brasil descobriram no jogo Aiello uma nova forma de promover o desenvolvimento de crianças e jovens autistas de uma forma lúdica e integradora. Inicialmente disponível apenas na internet, o jogo agora pode ser acessado por todos os dispositivos eletrônicos, como smartphones com Android ou iOS, tablets, Mac e Windows, além de não haver mais a restrição de jogar apenas on line.
Criado a partir de uma tese de
mestrado defendida no Departamento de Informática do Centro Técnico
Científico da PUC-Rio, sob a orientação da professora Simone Barbosa e
com o auxílio de fonoaudiólogos e psicólogos, o aluno Rafael Cunha, de
33 anos, criou este jogo de computador, totalmente gratuito, voltado
para crianças autistas de 5 a 9 anos, para auxiliar no desenvolvimento
do vocabulário e na distinção de objetos.
O game está disponível para download na internet desde julho de 2012 no site www.jogoseducacionais.com,
com mais de três mil cadastrados.
Com um visual atraente e a ajuda de
um simpático esquilo, as crianças aprendem a distinguir objetos como
talheres, frutas e animais, por exemplo, entre cerca de 150 palavras.
Algumas mudanças para a nova versão foram sugeridas pelos pais e
educadores que conhecem e jogam o game com seus filhos e alunos.
Dentre
elas, estão o acréscimo de categorias, vogais, cores e números, 50 novas
palavras, frases maiores nas falas do esquilo, além do aumento da
dificuldade, gradativamente.
Agradecimento e reconhecimento à iniciativa
Rafael recebe constantemente mensagens para agradecer e contar como o
jogo ajudou na evolução das crianças.
De acordo com os depoimentos, os
filhos aumentaram o vocabulário e melhoraram o foco e a concentração.
Dentre os casos, está o de Gustavo, de quatro anos, que só aprendeu a
falar depois que começou a brincar com o jogo Aiello. Alisson Mota, um
dos usuários que participa de um projeto de inclusão digital para
educação de jovens e adultos, elogia a forma como o jogo é funcional sem
infantilizar demais.
Há relatos também de agradecimentos pelo jogo ter
contribuído para a integração da família em momentos divertidos e que
promovem alegria para todos.
Segundo Rafael, o interesse no assunto surgiu da carência de
softwares educacionais apropriados para crianças autistas.
“Com eles, é
possível criar ambientes controlados, interessantes e sem distrações.
Essas são consideradas características importantes para o sucesso no
tratamento de pessoas com autismo. Temos casos ainda de pais de crianças
com Síndrome de Down que também adoram jogar e brincar”, conta ele.
Ainda este ano, Rafael quer acrescentar formas geométricas ao Aiello e,
para ano que vem, pretende lançar outro game gratuito para o aprendizado
de matemática.
Fonte: Rede SACI
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