19 de dez. de 2013

Jogo Aiello, criado no CTC/PUC-Rio para crianças autistas, já pode ser acessado em todos os dispositivos



Há um ano e meio, pais e crianças de todo o Brasil descobriram no jogo Aiello uma nova forma de promover o desenvolvimento de crianças e jovens autistas de uma forma lúdica e integradora. Inicialmente disponível apenas na internet, o jogo agora pode ser acessado por todos os dispositivos eletrônicos, como smartphones com Android ou iOS, tablets, Mac e Windows, além de não haver mais a restrição de jogar apenas on line. 


Criado a partir de uma tese de mestrado defendida no Departamento de Informática do Centro Técnico Científico da PUC-Rio, sob a orientação da professora Simone Barbosa e com o auxílio de fonoaudiólogos e psicólogos, o aluno Rafael Cunha, de 33 anos, criou este jogo de computador, totalmente gratuito, voltado para crianças autistas de 5 a 9 anos, para auxiliar no desenvolvimento do vocabulário e na distinção de objetos.


O game está disponível para download na internet desde julho de 2012 no site www.jogoseducacionais.com, com mais de três mil cadastrados. 


Com um visual atraente e a ajuda de um simpático esquilo, as crianças aprendem a distinguir objetos como talheres, frutas e animais, por exemplo, entre cerca de 150 palavras. Algumas mudanças para a nova versão foram sugeridas pelos pais e educadores que conhecem e jogam o game com seus filhos e alunos. 


Dentre elas, estão o acréscimo de categorias, vogais, cores e números, 50 novas palavras, frases maiores nas falas do esquilo, além do aumento da dificuldade, gradativamente.
 
Agradecimento e reconhecimento à iniciativa
 
Rafael recebe constantemente mensagens para agradecer e contar como o jogo ajudou na evolução das crianças. 


De acordo com os depoimentos, os filhos aumentaram o vocabulário e melhoraram o foco e a concentração. 


 Dentre os casos, está o de Gustavo, de quatro anos, que só aprendeu a falar depois que começou a brincar com o jogo Aiello. Alisson Mota, um dos usuários que participa de um projeto de inclusão digital para educação de jovens e adultos, elogia a forma como o jogo é funcional sem infantilizar demais. 


Há relatos também de agradecimentos pelo jogo ter contribuído para a integração da família em momentos divertidos e que promovem alegria para todos.
 
Segundo Rafael, o interesse no assunto surgiu da carência de softwares educacionais apropriados para crianças autistas.


“Com eles, é possível criar ambientes controlados, interessantes e sem distrações. Essas são consideradas características importantes para o sucesso no tratamento de pessoas com autismo. Temos casos ainda de pais de crianças com Síndrome de Down que também adoram jogar e brincar”, conta ele. 


Ainda este ano, Rafael quer acrescentar formas geométricas ao Aiello e, para ano que vem, pretende lançar outro game gratuito para o aprendizado de matemática.


Fonte: Rede SACI



Nenhum comentário:

Postar um comentário