A Prefeitura de Campinas inaugurou nesta quinta-feira
(7) a primeira unidade do Centro Dia da Pessoa com Deficiência.
O local
funcionará como uma espécie de Centro de Convivência que abrigará
pessoas com qualquer tipo de deficiência.
Elas poderão permanecer no
local por um período de 4 a 10 horas e terão acesso a uma série de
atividades que vão desde o atendimento com terapia ocupacional, oficinas
de dança e artesanato a salão de beleza.
"A intenção é devolver a autoestima às pessoas que têm deficiência e
dar uma chance para que o familiar que cuida da pessoa possa se
reinserir no mercado de trabalho" , explica a secretária dos Direitos da
Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Emmanuelle Alkmin.
A Casa terá capacidade para atender 60 pessoas em dois turnos com
atendimento de uma equipe com dez pessoas entre psicólogo, assistente
social, terapeuta ocupacional e nutricionista.
Cuidar de pessoas deficientes muda a rotina das famílias. "Muitas
famílias têm que reduzir a renda pela metade porque a mãe geralmente
para de trabalhar para cuidar do filho. A ideia desse Centro é oferecer
uma alternativa para que as famílias possam se reestruturar. Ao mesmo
tempo, a ideia é devolver aos deficientes uma autoestima por meio das
oficinas", explica Emmanuelle.
A secretária conta que pretende abrir outro centro, mas ainda não há
prazo para isso. Antes, afirma Emmanuelle, é preciso fazer um censo
sobre a população com deficiência na cidade. "Estamos elaborando o
projeto para realizar o censo em 2014", diz.
As atividades do Centro serão desempenhadas pela Organização Não
Governamental (ONG) Sorri Campinas, que desenvolve programas de inclusão
social, com o objetivo de garantir os direitos humanos, especialmente
das pessoas com deficiências.
"O governo federal vai custear R$ 40 mil mensais, o Estado destinará R$
20 mil e o município, R$ 10 mil", explica o prefeiro Jonas Donizette
(PSB).
A secretária de Cidadania, Assistência e Inclusão Social, Jane Valente,
conta que, para pleitear uma vaga na casa, é preciso passar por
atendimento no Centro de Referência Especializado de Assistência Social
(CREAS). O centro emitirá um laudo e será feito um estudo de casa caso
em conjunto com a Assistência Social.
A casa funciona na Rua Rouxinol, na Vila Teixeira. Serão atendidos no
espaço pessoas com idades entre 18 e 60 anos. Sete pessoas já estão
sendo atendidas no local. Uma delas é Marta Chidoreli, que participou da
inauguração do Centro.
"Eu estou adorando tudo, até o salão de beleza",
disse, com as unhas pintadas de vermelho e o cabelo arrumado em um
trança lateral.
Fonte: RAC
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