Elaine Paz Rodrigues, 32 anos, pega três ônibus para chegar ao trabalho.
Como é tetraplégica
e se locomove com a ajuda de uma cadeira de rodas, tem dificuldades
maiores que outros usuários de ônibus para chegar ao trabalho, na Prefeitura do Recife.
As dores de cabeça de Elaine não param por aí. Moradora do Jordão Alto,
na capital, vive em uma casa sem espaço suficiente, com “excesso de
paredes” para sua cadeira, como costuma dizer. Se tivesse dinheiro
suficiente, promoveria uma reforma no imóvel para viver mais
confortável.
Ontem, a Prefeitura do Recife anunciou a elaboração de um projeto de
lei para beneficiar pessoas como Elaine. A ideia é criar o Minha casa sem limites,
que prevê a reforma em residências de pessoas com deficiência que
tenham baixa renda, adaptando essas habitações populares às normas de
acessibilidade. O serviço seria feito pela própria Prefeitura.
Caso seja aprovado na Câmara de Vereadores, as pessoas serão
selecionadas através de edital, mediante seleção pública, que será
organizado pela Secretaria de Habitação do Recife. Recifenses com algum
tipo de dificuldade motora, a exemplo de cadeirantes, cegos, vítimas de
trombose e outras doenças que prejudicam a locomoção, são o
público-alvo.
As intervenções serão realizadas apenas em unidades residenciais já
construídas, que tenham pelo menos um residente com deficiência que more
no local há mais de um ano. Para participar do programa, os
interessados deverão ter renda familiar de até três salários mínimos e
também serem proprietários do imóvel, que não poderá estar localizado em
área de risco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário