19 de nov. de 2013

Sine oferece mais de 100 vagas por dia a pessoas com deficiência no RS

Mulher com headset
Para as pessoas com deficiência, às vezes, conquistar uma oportunidade de emprego é a parte mais fácil do processo. 


O desafio pode estar em conseguir a confiança dos colegas no ambiente de trabalho. 


É um longo caminho que precisa de apoio, treinamento, respeito e paciência e que pode trazer resultados positivos, tanto individuais como coletivos.
 
Um exemplo de organização que auxilia neste processo no estado é o Sistema Nacional de Emprego do Rio Grande do Sul (Sine)


Diariamente o orgão oferece mais de 100 vagas para pessoas com deficiência só nas agências de Porto Alegre. É possível encontrar oportunidades para auxiliar de nutrição, enfermeiro, professor de enfermagem, técnico de enfermagem, telefonista, médico e muitas outras.
 


Na capital, os candidatos devem ir até as agências do Sine do centro, do Bairro Azenha ou na agência Tudofácil e apresentar a carteira de trabalho para fazer o cadastro. No interior do estado também sobram vagas para trabalhadores que tenham algum tipo de deficiência, principalmente em Passo Fundo, Pelotas e Rio Grande.
 

A inclusão de cidadãos com algum tipo de deficiência é garantida por lei federal instituída em 1991 e que determina uma cota mínima de pessoas com deficiência no quadro de funcionários das empresas com mais de 100 funcionários. A cota varia de 2% a 5% dos cargos.
 

Ademir Teixeira Charão Junior, de 25 anos, é autista e, por causa do transtorno, nunca tinha trabalhado. Mostrar sua competência não foi a parte mais difícil no trabalho. O caminho mais longo foi conquistar a confiança dos colegas e dar sentido à palavra inclusão. O jovem ocupa o cargo de auxiliar administrativo em uma empresa de Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e vem conquistando seu espaço.


“Faço guias de remessas, organizo documentos e coloco nas pastas. Diz que não encontram um erro meu aqui, mas podem acontecer alguns deslizes, mas não nada que mate alguém do coração. O ambiente é legal aqui, eu aprendo uma rotina e sou bastante útil. Depois que comecei a trabalhar aqui passei a acreditar em mim mesmo”, explica o rapaz.


Para a coordenadora do Departamento de Relações com o Mercado de Trabalho do Sine, Ana Rosa Fischer, a importância de prestar este serviço de auxílio na busca de uma recolocação no mercado de trabalho está em fazer com que estas pessoas busquem se estruturar pessoal e profissionalmente.
 
"Temos no departamento uma sessão que é específica para orientar os nossos servidores em como prestar um melhor serviço para atender pessoas com deficiência. E a segunda coisa é a captação da vaga, que é o momento onde é feito toda a orientação para ver se a pessoa se enquadra com a vaga que está sendo oferecida. Neste momento estamos trabalhando o outro lado, que é o empresário, para que ele também a segurança", explica Ana Rosa.
 
Mudanças também marcaram a vida profissional de José Lourenço, que trabalha como auxiliar de manutenção em uma empresa de Porto Alegre. Há três anos ele sofreu um acidente que tirou 70% da força de seu braço esquerdo, o que seria um enorme problema para quem depende das mãos para consertar equipamentos.


Porém, com o novo emprego, ele mostrou que a dificuldade não é um empecilho. “Eu inventei o meu jeito de trabalhar. Eu trabalhava como uma pessoa normal e hoje eu trabalho do meu jeito. E tem que ser né? A mão direita compensa um pouco a mão esquerda”, diz Lourenço.


A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho já começa na contratação de estagiários indiferente da pessoa estar no ensino médio, curso técnico ou graduação. O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) possui desde 1999 o programa CIEE Pessoas com Deficiência, que visa orientar quem pretende conquistar uma vaga.


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