Uma criança de 6 anos com deficiência física e intelectual está impedida de frequentar as aulas na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de BH, por falta de vagas no transporte da prefeitura.
O garoto Pedro não enxerga, não fala e também não consegue se locomover
sem ajuda. A mãe Valdinéia Pereira Guimarães conseguiu uma vaga para o
filho em uma unidade da Apae. Ele chegou a frequentar a instituição e
demonstrou gostar do ambiente.
Depois que a família não conseguiu mais utilizar o transporte
contratado pela prefeitura, o estudante está inquieto e fica nervoso
dentro de casa. A mãe conta que a situação é ainda mais complicada já
que, se Pedro não tiver pelo menos 75% de presença na escola, ele perde o
direito à vaga.
— Já fui na prefeitura duas vezes e eles falam que tem que esperar, tem que ficar na fila e talvez ano que vem tenha vaga.
Os gastos com a saúde da criança são grandes. São quase R$ 400 mensais
para manipular um dos remédios controlados de Pedro e comprar a
quantidade de fraldas que ele usa, sete por dia. Os vizinhos acabam
ajudando a família com o que podem. Uma das moradoras da região, Sandra
Mara, percebe que o garoto sente falta de frequentar as aulas.
— Ele está sentindo falta da escola, de encontrar com as crianças. Mesmo com deficiência, ele tem o sentimento dele.
A mãe diz que já tentou matriculá-lo em outras instituições de ensino,
mas o garoto foi rejeitado por ser deficiente. A Prefeitura de Ribeirão
das Neves informou que disponibiliza transporte para alunos cadeirantes e
que os veículos estão lotados neste final de semestre.
De acordo com o
órgão, a criança deve conseguir uma vaga só no ano que vem.
Fonte: R7 Notícias
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