A Superintendência Regional do Trabalho no Amazonas (SRTE-AM)
abriu uma frente de fiscalização em 25 empresas do Polo Industrial de
Manaus, dentre as que possuem mais de um mil empregados.
O objetivo da
fiscalização, que se estenderá até abril de 2014, é verificar se elas
estão adequando sua estrutura física para facilitar a inserção de
Pessoas com Deficiência (PCD).
A auditora fiscal Maria Julieta, aposta que a adequação por parte das
empresas abrirá mais espaços para a contratação no mercado local de
pessoas com deficência.
“Depois de fiscalizarmos se as empresas cumpriam
a Lei de Cotas, percebemos que a falta de acessibilidade dificultava
emprego das pessoas com deficiência”, disse Julieta.
O projeto geral em desenvolvimento pela SRTE/AM prevê melhorias como a
instalação de pisos táteis, maçanetas em forma de alavanca, torneiras de
pressão, vagas de estacionamentos reservadas, sinalizações e outras
normas de acessibilidade no meio laboral, apresenta uma preocupação por
parte dos empregadores com os PCDs. Moto Honda, Digitron e o prédio novo
da Videolar são algumas das empresas que já concluíram as adaptações.
Para a auditora Maria Julieta, essas adaptações melhoram inclusive a
vida dos trabalhadores que não possuem qualquer tipo de necessidade
especial.
“Construir rampas ao invés de escadas de emergências é muito
melhor, pois os elevadores são os primeiros a serem interditados em caso
de sinistros. Além do mais, as rampas garantem uma movimentação mais
rápida”, enfatizou.
Assim que concluir o projeto com as 25 empresas, a SRTE iniciará o
trabalho com as que possuem entre 500 e 1000 empregados. Elas terão até
60 dias para apresentar um projeto que vise à acessibilidade.
As
empresas que não aderirem às normas de acessibilidades podem ser
autuadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego por discriminação,
prevista na convenção internacional dos direitos da pessoa com
deficiência.
Apesar desse incentivo, Julieta comenta que de um lado ainda as
empresas apenas contratam deficiências leves e evitam os que são
cadeirantes ou cegos e, de outro lado, muitos deficientes possuem receio
de perder o benefício concedido pelo Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) caso consigam colocação.
O diretor do Sine Manaus, Adonay Saba, lembra que é necessário que haja
um incentivo da inclusão do PCD no mercado de trabalho.
“É necessário
que eles se conscientizem da importância da capacitação como melhoria de
vida, tanto profissional quanto pessoal. Hoje muitas vagas que são
oferecidas pelo Sine não são fechadas porque esbarram na falta da
qualificação”, disse Saba.
Fonte: A Crítica
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