A Federação das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) organizou um protesto em 14/08 no gramado do Congresso Nacional.
A federação é contra a extinção das escolas especiais, prevista em mudança feita pelo Senado ao Plano Nacional de Educação (PNE).
O PNE foi aprovado pela Câmara em outubro do ano passado. No Senado, o
relator da proposta, José Pimentel (PT-CE), alterou o texto para acabar
com o repasse de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb),
a partir de 2016, a instituições especiais de ensino. Dessa forma,
inviabiliza-se o atendimento das Apaes.
O fim do repasse estava previsto no texto original previsto pelo Ministério da Educação, enviado pelo Poder Executivo, mas a Câmara havia alterado esse texto para manter o repasse à educação especial.
Os jovens matriculados nessas instituições passariam a integrar as
escolas regulares. Segundo Pimentel, o objetivo da mudança é garantir às
pessoas com deficiência o acesso e condições para a permanência na
escola.
Segundo a presidente da Federação Nacional das Apaes, Araci Ledo, a proposta representa, na prática, a extinção de todas as escolas que atendem exclusivamente alunos especiais. Se essa mudança for aprovada no Senado, o Plano Nacional de Educação voltará a ser analisado pela Câmara.
Segundo a presidente da Federação Nacional das Apaes, Araci Ledo, a proposta representa, na prática, a extinção de todas as escolas que atendem exclusivamente alunos especiais. Se essa mudança for aprovada no Senado, o Plano Nacional de Educação voltará a ser analisado pela Câmara.
O deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG)
- que é presidente da Federação Nacional das Apaes - acredita que os
senadores vão aprovar o texto da Câmara, que prevê a coexistência da
inclusão dos deficientes na escola normal e a escola especial.
“Vamos
reverter esse processo nas próximas comissões. Os senadores estão
sensíveis e mobilizados. O texto do Senado inclusive contradiz um
decreto da Presidência da República que prevê a coexistência das escolas
especiais.”
Manifestação
Segundo os manifestantes, o Ministério da Educação deseja que as
unidades da Apae funcionem apenas como centros de atendimento
especializado, obrigando os jovens ali atendidos a serem matriculados
nas escolas regulares que, na avaliação deles, não estão habilitadas a
prestar esse atendimento.
“Lutamos muito para que a educação regular esteja aberta às pessoas com
deficiência, mas o MEC acredita que apenas a educação regular dá conta
de todas as deficiências, e a nossa experiência mostra que não.
Precisamos das escolas especiais, que dão atendimento a pessoas com
deficiências maiores, que precisam de abordagens pedagógicas mais
especializadas”, disse o deputado Eduardo Barbosa, que também participou
da manifestação.
Pais, professores, profissionais da área e jovens atendidos pelas Apaes
participaram da manifestação, alegando que as crianças e adolescentes
atendidos pela associação requerem cuidado especial e atendimento
diferente do oferecido pela rede pública de ensino.
Fonte: Agência Câmara Notícias
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