Independência. Essa é a palavra que resume o que deficientes físicos, visuais e de outras patologias sentirão a partir do próximo ano, quando a Secretaria de Assistência Social (Seas) de Santos (SP) implantar uma residência inclusiva,
que tem como principal objetivo trabalhar a autonomia dos usuários.
De
acordo com a secretária da pasta, Rosana Russo, no mês passado, ficou
acertado que a Cidade terá duas casas desse tipo.
"Temos até novembro para mandar o plano de reordenamento para o
Ministério de Desenvolvimento Social e, até o início de 2014, uma delas
já estará em funcionamento.
Precisamos firmar o imóvel, contratar uma
equipe de Recursos Humanos e aguardar o repasse financeiro, que ainda
não começou", explica.
De acordo com a Seas, os equipamentos contarão com uma equipe
multidisciplinar com monitores, assistentes sociais, terapeutas
ocupacionais, psicólogos à disposição 24 horas.
A Casa do Paraplégico, na Aparecida, será um dos imóveis a receber o
equipamento, que passará por reformas para atender às necessidades de
cada morador.
"O outro imóvel ainda está em fase de negociação. Na Casa
do Paraplégico, além da reestruturação física, o local também passará
por um reordenamento da metodologia de trabalho", afirma a secretária.
A apoiadora institucional para São Paulo da Secretaria dos Direitos Humanos do Governo Federal, Vilma Roberto disse que, em Bauru e Araraquara,
já há residências inclusivas em funcionamento.
"Os próprios assistidos
participam de todas as decisões, desde a cor do mobiliário adaptado até a
independência de passear, sempre com a devida supervisão técnica",
explica.
Com relação às patologias dos deficientes, Rosana explica que a ideia
não é separá-los e, sim, promover a aceitação da diversidade.
"Com isso,
haverá ajuda mútua e a autonomia dessas pessoas será trabalhada. Eles
aprenderão a viver em conjunto e a superar as dificuldades", diz Rosana.
“A Residência Inclusiva vai tirar o deficiente da invisibilidade das
instituições, estamos conquistando a cidadania”, explica a presidente do
Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Condefi),
Naira Rodrigues.
Gastos
De acordo com a Prefeitura, a União vai repassar R$ 10 mil mensais e o
Estado outros R$ 5 mi por mês, insuficientes para arcar com as despesas
das duas residências.
A Administração Municipal informou que ainda não
tem informações de quanto será a contrapartida para manter o projeto,
que irá atender até 20 deficientes (10 em cada casa) entre 18 e 59 anos.
Não haverá seleção para escolher os usuários que participarão do
equipamento e será feita uma triagem com pessoas assistidas nos próprios
programas da Prefeitura para as vagas.
Uma portaria interministerial
prevê a atuação conjunta da Seas com a Secretaria Municipal de Saúde na
residência inclusiva.
Fonte: A Tribuna
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