26 de ago. de 2013

Santos (SP) ganhará casa adaptada para deficientes no próximo ano

Mulher em cadeira de rodas olha, de braços abertos, o mar
Independência. Essa é a palavra que resume o que deficientes físicos, visuais e de outras patologias sentirão a partir do próximo ano, quando a Secretaria de Assistência Social (Seas) de Santos (SP) implantar uma residência inclusiva, que tem como principal objetivo trabalhar a autonomia dos usuários. 

De acordo com a secretária da pasta, Rosana Russo, no mês passado, ficou acertado que a Cidade terá duas casas desse tipo.

"Temos até novembro para mandar o plano de reordenamento para o Ministério de Desenvolvimento Social e, até o início de 2014, uma delas já estará em funcionamento. 

Precisamos firmar o imóvel, contratar uma equipe de Recursos Humanos e aguardar o repasse financeiro, que ainda não começou", explica.

De acordo com a Seas, os equipamentos contarão com uma equipe multidisciplinar com monitores, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, psicólogos à disposição 24 horas.

A Casa do Paraplégico, na Aparecida, será um dos imóveis a receber o equipamento, que passará por reformas para atender às necessidades de cada morador. 

"O outro imóvel ainda está em fase de negociação. Na Casa do Paraplégico, além da reestruturação física, o local também passará por um reordenamento da metodologia de trabalho", afirma a secretária.

A apoiadora institucional para São Paulo da Secretaria dos Direitos Humanos do Governo Federal, Vilma Roberto disse que, em Bauru e Araraquara, já há residências inclusivas em funcionamento. 

"Os próprios assistidos participam de todas as decisões, desde a cor do mobiliário adaptado até a independência de passear, sempre com a devida supervisão técnica", explica.

Com relação às patologias dos deficientes, Rosana explica que a ideia não é separá-los e, sim, promover a aceitação da diversidade. 

"Com isso, haverá  ajuda mútua e a autonomia dessas pessoas será trabalhada. Eles aprenderão a viver em conjunto e a superar as dificuldades", diz Rosana.

“A Residência Inclusiva vai tirar o deficiente da invisibilidade das instituições, estamos conquistando a cidadania”, explica a presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Condefi), Naira Rodrigues.
 
Gastos

De acordo com a Prefeitura, a União vai repassar R$ 10 mil mensais e o Estado outros R$ 5 mi por mês, insuficientes para arcar com as despesas das duas residências. 

A Administração Municipal informou que ainda não tem informações de quanto será a contrapartida para manter o projeto, que irá atender até 20 deficientes (10 em cada casa) entre 18 e 59 anos.

Não haverá seleção para escolher os usuários que participarão do equipamento e será feita uma triagem com pessoas assistidas nos próprios programas da Prefeitura para as vagas. 

Uma portaria interministerial prevê a atuação conjunta da Seas com a Secretaria Municipal de Saúde na residência inclusiva.


Fonte: A Tribuna

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